Emanuel será homenageado em Atletiba. Pode rolar até jogo de vôlei na Arena
Rubro-negro declarado, o campeão olímpico Emanuel não ficará sem receber uma homenagem do seu clube de coração.
O Atlético-PR prepara uma festa para o atleta, que foi convidado pela diretoria para estar presente no Atletiba do próximo dia 20, na Arena da Baixada. Detalhes ainda não foram divulgados pelo clube, mas cogita-se até um jogo de vôlei de praia para homenagear Emanuel, que semana passada anunciou sua despedida das areias.
Detentor de três medalhas olímpicas (ouro em Atenas-2004, bronze em Pequim-2008 e prata em Londres-2012) e dono de dez títulos do Circuito Mundial, Emanuel faz a despedida oficial das areias na disputa do Grand Slam do Circuito Mundial de vôlei de praia, que teve início na última terça-feira e vai até domingo, em Copacabana, no Rio.
Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, o ‘Rei’ do vôlei de praia falou sobre o convite do Atlético-PR, a emoção de receber uma homenagem no clássico Atletiba, sua relação com o clube rubro-negro, iniciada quando ainda era criança, e a possibilidade de um jogo de despedida dentro da Arena.
“Um jogo de despedida do vôlei de praia dentro da Arena seria uma coisa única e fantástica. Uma surpresa, mas também seria marcante, muito importante para marcar minha carreira. Uma surpresa se isso puder acontecer. É até instigante. Poderia ser uma homenagem muito criativa”, disse o rubro-negro Emanuel.
Confira a entrevista:
UOL Esporte: Como atleticano declarado, como é receber um convite desses para ser homenageado no Atletiba?
Emanuel: Eu fiquei muito satisfeito e orgulhoso por receber esse convite para participar da festa do Atletiba no dia 20 de março e receber uma homenagem do clube, primeiro porque Atletiba é um momento máximo da tradição do futebol paranaense, segundo dentro da Arena, com as novidades e o gramado sintético, e também pela finalização da minha carreira. Então são três coisas marcantes e para mim vai ser muito mais marcante porque eu tenho uma relação muito próxima com o clube e realmente me sinto muito satisfeito de estar recebendo esse tipo de homenagem do clube que eu torço desde pequeno.
UOL Esporte: O Atlético-PR já adiantou alguma coisa do que pretende fazer em sua homenagem? Você sabe o que eles estão preparando?
Emanuel: Recebi o contato da diretoria de marketing do clube, através do Mauro [Holzmann]. O Mauro foi calmo e disse que vai ser uma surpresa para mim. Mas acho que só o fato de estar sendo homenageado nesse Atletiba já é uma homenagem, já é marcante para mim. E também pelo momento da minha carreira, de estar encerrando minha participação nas quadras, isso também é marcante. Mas do Atlético eu posso esperar muitas coisas porque as coisas são bem conscientes... Eu vejo pela construção do estádio, pela calma de construir uma equipe competitiva. São bem ponderadas as decisões do Atlético. Então eu posso ter certeza que vai ser uma homenagem bem consolidada e bem construída.
UOL Esporte: O que representa o Atlético-PR na sua vida? Sempre acompanhou os jogos e foi ao estádio?
Emanuel: Minha relação com o Atlético é desde bem pequeno. Eu lembro das primeiras vezes, eu devia ter uns seis, sete anos, meu pai me levando na Arena da Baixada. Ainda na época que o estádio era Arena da Baixada com o ginásio ao fundo do gol que ficava ali para a praça da Buenos Aires. Eu lembro muito bem que as arquibancadas ainda eram de tijolo à vista. Tenho memórias dessa época, e também tenho memórias de todos os momentos do estádio, quando foi construída aquela tribuna especial quando o presidente ainda era o Farinhaque [José Carlos, presidiu o clube de 1990 a 1993]. Aí depois a primeira fase da Arena na construção, ainda faltando completar o outro lado por causa do embate com o colégio, e finalmente no ano passado, em 2015, eu fui estádio para ver a final do Brasileiro do ano passado, jogo do Sport com o Atlético-PR, levei toda minha família e vi que o estádio, nestes últimos 20 a 30 anos evoluiu bastante, como o clube, a estrutura do clube, e também já acompanhei fora. Acompanhei jogos na Ilha do Retiro pela Copa do Brasil e também no estádio dos Aflitos, do Santa Cruz, porque eu morava em João Pessoa, então todos os jogos que eram perto de João Pessoa eu sempre fui assistir. E principalmente Pernambuco, que fica 100 km de distância... Também acompanhei o time na final da Copa do Brasil em 2013, contra o Flamengo, resultado inédito para o Atlético-PR. Enfim, minha relação é muito próxima também porque meu pai gosta muito do clube, acompanha todas as notícias e a gente conversa muito sobre o Atlético-PR. Conversamos sobre as novidades, os novos talentos, como é que está o CT, se o centro de treinamento está sendo utilizado ou não. Enfim, eu tenho uma relação muito próxima e aproveito disso para estreitar a minha relação com o meu pai.
UOL Esporte: Existe até a possibilidade de um jogo de despedida em sua homenagem. Como seria ter uma despedida dessas, jogando na Arena da Baixada?
Emanuel: Olha, um jogo de despedida do vôlei de praia dentro da Arena seria uma coisa única e fantástica porque eu não tenho noção, ou nunca ouvi falar disso no mundo, acontecer um evento desses. Um evento de uma homenagem, ou última partida de um outro esporte dentro de um estádio de futebol, nesta magnitude. Seria uma surpresa, mas também seria marcante. Acredito que seria muito importante para marcar minha carreira. Uma surpresa se isso puder acontecer. É até instigante. Poderia ser uma homenagem muito criativa.