Sem receber do governo, empresa para obra olímpica na Lagoa
A reforma olímpica do Estádio de Remo da Lagoa Rodrigo de Freitas parou. Sem receber do governo do Estado do Rio de Janeiro, a Giver Engenharia, companhia responsável pela execução do projeto, paralisou os trabalhos de adaptação da instalação esportiva para a Olimpíada de 2016, que começa em 240 dias. Não há previsão de quando eles serão retomados.
A Giver trabalhava no estádio de remo desde março. Vencera a concorrência lançada pelo governo e firmara contrato de R$ 4,4 milhões para a reforma. Chegou a executar 80% das obras necessárias para os Jogos Olímpicos. Desde de agosto, entretanto, deixou de receber do Estado. Tem R$ 317 mil em serviços executados e com pagamento pendente.
Por isso, a empresa resolveu retirar do canteiro de obras do estádio de remo os cerca de 60 funcionários que mantinha no local. Também já solicitou ao governo a suspensão da contagem do prazo para execução da reforma já que só pretende retomá-la quando os pagamentos pela empreitada forem regularizados.
Para a Olimpíada, o estádio de remo ainda precisa de obras em duas de suas nove garagens para barcos, de uma nova subestação para energia elétrica e de elevadores em sua nova torre de cronometragem. Essa nova torre, aliás, foi construída pela Giver e já foi utilizada nos eventos-teste de remo e canoagem realizados na Lagoa Rodrigo de Freitas neste ano.
Passando por uma grave crise financeira, o governo do Rio admitiu os atrasos no pagamento da obra no estádio de remo. Em nota, a Emop (Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro) informou, porém, que a reforma não foi paralisada, mas teve seu ritmo reduzido – a paralisação foi ratificada pela Giver.
Segundo a Emop, dos R$ 4,4 milhões necessários para a reforma, R$ 3,2 já foram pagos. Faltam, portanto, R$ 1,2 milhão. O governo disse que “aguarda repasse pelo Banco do Brasil para quitar o valor restante”. Não deu, contudo, prazo para o repasse ocorra. A expectativa é que a reforma do estádio esteja concluída 60 dias depois que ela for retomada.
Vale lembrar Banco do Brasil é o financiador da obra no estádio de remo. O banco firmou um contrato de empréstimo com o governo para repassar recursos para a reforma. Informou ainda que a liberação das verbas segue o cronograma acordado.