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Ex-presidente da IAAF é acusado de encobrir doping de medalhistas olímpicos

Jonathan Ferrey/Getty Images
Lamine Diack teria recebido dinheiro para acobertar doping de atletas russos imagem: Jonathan Ferrey/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

O ex-presidente da Federação Internacional de Associações de Atletismo (IAAF, em inglês), Lamine Diack, é acusado de receber propina em 2011 para liberar de suspensão oito atletas que seriam suspensos por doping. A informação foi divulgada neste fim de semana pelo jornal The Guardian.

Entre os oito competidores, estão dois atletas da Rússia que conquistaram medalhas nos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres, sendo uma de ouro e uma de prata. A imprensa britânica não especifica se os dois atletas em questão são homens ou mulheres.

A acusação contra Lamine Diack foi feita por autoridades francesas. Além do ex-dirigente, outras quatro pessoas são acusadas de violar o código de ética da IAAF – dois são dirigentes da entidade e um é filho do próprio Diack.

O senegalês, de 82 anos, deixou a presidência da federação em agosto de 2015, sendo substituído por Sebastian Coe. O britânico, que presidiu a organização da Olimpíada de 2012, lamentou as denúncias e prometeu rigor nas investigações.

“Onde quer que o sistema apresente fragilidades que permitam esse tipo de extorsão, iremos reforçá-lo”, afirmou Coe – ele mesmo dono de quatro medalhas olímpicas em provas do atletismo na década de 80.

Em 2012, a Rússia conquistou 11 medalhas no atletismo. Foram dois ouros (Sergey Kirdyapkin na marcha de 50 km e Ivan Ukhov no salto em altura), quatro pratas (revezamento 4x400 m feminino, Olga Kaniskina na marcha de 20 km, Yelena Sokolova no salto em distância e Yevgeniya Kolodko no arremesso de peso) e cinco bronzes.

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