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Nem exagero de luzes tira otimismo brasileiro na ginástica; Diego fica fora

Paula Almeida

Do UOL, em Glasgow (ESC)

A seleção brasileira masculina de ginástica artística realizou na manhã desta quarta-feira o seu treino de pódio no Mundial da modalidade disputado em Glasgow, Escócia. E a sessão serviu para mostrar ao time qual será sua primeira dificuldade na competição: as novidades da arena.

Os chamados treinos de pódio são aqueles em que os ginastas fazem seu grande teste para o campeonato. Enquanto os outros treinos preparatórios são realizados em ginásios contíguos, esse acontece na própria arena de competição. Portanto, é a hora que os atletas têm para alinhar as perspectivas técnicas, acostumar-se aos aparelhos e sentir o clima das arquibancadas, embora ainda sem torcedores.

Para o Brasil, o primeiro desafio na Arena SSE Hydro foi a forte iluminação. As luzes do teto e do telão gigante de 120 metros quadrados ficam ainda mais fortes quando refletidas nos colchões, mais claros do que aqueles aos quais os ginastas estão acostumados nos centros de treinamento brasileiros.

“É tudo uma questão de adaptação. Não estamos acostumados com esses colchões mais claros, porque treinamos com colchões azuis no Brasil, mas nós conhecemos o material e precisamos nos adaptar, até porque é o mesmo material que será usado na Olimpíada do Rio”, comentou Leonardo Finco, coordenador da equipe masculina.

Apesar da dificuldade com a moderna arena escocesa, os brasileiros saíram bastante satisfeitos do treino de pódio. “Tivemos um pouco de dificuldade no começo, mas do meio pra frente foi melhorando”, avaliou Marcos Goto, um dos técnicos do time.

O principal objetivo do Brasil é ficar entre os oito finalistas da prova de equipes e carimbar a classificação direta para a Olimpíada. As seleções que ficarem entre o 9º e o 16º lugar disputarão um último qualificatório, já no ano que vem, no Rio de Janeiro, que dará as últimas quatro vagas.

“Estamos bem confiantes na classificação. Eu considero que ficar entre os oito finalistas, sem importar qual posição, já será um grande resultado pra gente”, afirmou Finco, bastante otimista quanto ao despenho técnico e à saúde dos atletas. “Estão todos 100% fisicamente”.

Sem Diego Hypolito

Na disputa por equipes, o Brasil será representado por Arthur Nory, Caio Souza, Francisco Barreto, Lucas Bittencourt (os quatro que se apresentarão nos seis aparelhos), Arthur Zanetti (argolas, solo e salto) e Péricles da Silva (barra fixa, paralelas e cavalo com alças).

Diego Hypolito será reserva do time. Nesta quarta-feira, o veterano ginasta não quis conversar com a imprensa e aparentou certa decepção, apesar de ficar ao lado dos companheiros durante todo o tempo, conversando e incentivando.

“Foi puramente uma questão técnica. Mas o Diego está superpreparado para qualquer necessidade, inclusive fez uma apresentação muito boa no solo”, justificou Leonardo Finco.

Se realmente ficar entre os reservas, Diego dependerá da equipe para sonhar com o que seria sua terceira Olimpíada (após Pequim-2008 e Londres-2012). Individualmente, só garantirão vagas diretas os ginastas que subirem ao pódio nas finais por aparelhos ou no individual geral.

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