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No judô, brasileiros lutam Mundial como última chance por Rio 2016

Flavio Florido/UOL
Leandro Guilheiro irá disputar seu sexto mundial da modalidade imagem: Flavio Florido/UOL

Bruno Doro

Do UOL, em São Paulo

A elite do judô mundial desembarca em Astana, no Cazaquistão, a partir da madrugada de domingo (23), para o último grande evento antes dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. E, em cinco dias, o destino de alguns nomes chaves da modalidade de maior sucesso do país será definido.

Leandro Guilheiro é o mais famoso deles. Aos 31 anos, ele vai competir em seu sexto Mundial. E é, provavelmente, o mais importante deles. Ele não é mais o número 1 do Brasil em sua faixa de peso. Nos 81kg, o posto pertence a Vitor Pennalber, ex-líder do ranking mundial. No Cazaquistão, os dois subirão ao tatame lutando por medalhas. Quem for melhor dará um passo importante rumo à indicação brasileira nos Jogos de 2016.
 
Hoje, o carioca é o favorito a esse lugar. Guilheiro, dono de duas medalhas de bronze olímpicas, passou dois anos longe dos tatames. No período, operou o joelho quatro vezes, após um enxerto ligamentar ser rejeitado por seu corpo. “Estou lutando para disputar as Olimpíadas de 2016. Não trabalho com a hipótese de ficar fora dos Jogos. E não penso em um momento de parar de lutar. Isso simplesmente não passa pela minha cabeça", diz o santista. “Esse Mundial será como se fosse o primeiro”, completa.
 
Quem também luta em Astana para provar que pode ser titular em 2016 são os novatos David Moura e Nathália Brígida, além da mais experiente Rochele Nunes. Todos eles competem em categorias com judocas vitoriosos do país, mas que não estão exatamente no melhor de sua forma física.
 
David é da categoria pesado, de Rafael Silva, o Baby. O vice-campeão mundial e medalhista de bronze olímpico, porém, está se recuperando de uma cirurgia no ombro, após sofrer uma séria lesão muscular no peito durante a preparação para o Pan do Rio. Se for bem no Mundial, David prova que é uma alternativa forte na categoria – e colocará pressão na recuperação do rival, que deve voltar aos tatames apenas em 2016.
 
Rochele vive uma situação parecida. Ela foi a titular do Brasil em toda a temporada e chega ao Mundial de 2015 colada na titular Maria Suelen Altheman no ranking mundial. É a 14ª, duas abaixo da rival. Mas a manutenção de sua chance de ser convocada para os Jogos Olímpicos dependem da performance no Cazaquistão, já que o torneio marca o primeiro confronto direto das duas a menos de um ano do Rio 2016.
 
No Mundial de 2013, a pesado brasileira Maria Suelen Altheman foi vice-campeã, mas sofreu uma lesão séria no joelho. A expectativa era de quase um ano fora dos tatames – a volta estava programada justamente para o Mundial de Astana. Suelen, porém, voltou antes, competiu no Pan e acabou com o bronze.
 
A ligeiro Nathália Brígida chega com uma situação diferente: em 2015, ela foi beneficiada pela má fase da titular, Sarah Menezes, atual campeã olímpica, e, após alguns pódios no circuito mundial, acabou convocada para o Pan. Conquistou a medalha de bronze. Em Astana, luta para provar que está no mesmo rival da piauense. Não é a última chance de nenhuma das duas, mas se Nathália for ao pódio, Sarah terá mostrar resultados consistentes em 2016 se quiser defender o ouro de Londres.
 
Além desse quarteto, o Brasil tem mais 14 atletas competindo no Mundial. Veja quando lutam os brasileiros (lutas a partir de 2h da manhã, finais a partir de 8h – horário de Brasília):
 
24/08
Felipe Kitadai (60kg), Eric Takabatake (60kg), Sarah Menezes (48kg) e Nathália Brigida (48kg)
 
25/08
Charles Chibana (66kg/EC Pinheiros/SP) e Érika Miranda (52kg)
 
26/08
Marcelo Contini (73kg) e Rafaela Silva (57kg)
 
27/08
Victor Penalber (81kg), Leandro Guilheiro (81kg) e Mariana Silva (63kg)
 
28/08
Tiago Camilo (90kg), Maria Portela (70kg) e Mayra Aguiar (78kg)
 
29/08
Luciano Correa (100kg), David Moura (+100kg), Maria Suelen Altheman (+78kg) e Rochele Nunes (+78kg)
 
30/08
Competição por equipes (masculino e feminino)  

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