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Bia e Branca se assustam com repercussão de foto: 'corpo está normal'

Reprodução/Instagram/biaebrancaferes
Bia e Branca postaram foto em que aparecem exibindo um corpo magro definido imagem: Reprodução/Instagram/biaebrancaferes

Luiza Oliveira e Maurício Dehò

Do UOL, em São Paulo

As gêmeas do nado sincronizado Bia e Branca Feres se viram no meio de um burburinho depois de publicarem uma foto no Instagram em que aparecem com o físico magro e extremamente definido. Elas não gostaram da repercussão da imagem e consideram seus corpos normais para uma atleta de alto rendimento.

A foto publicada no perfil das duas no Instagram gerou muitos elogios, mas também críticas de algumas pessoas que apontaram uma magreza excessiva. Bia explica que elas continuam com o físico de antes, apenas emagreceram um pouco por causa da rotina desgastante que tiveram no Mundial de esportes aquáticos em Kazan, na Rússia. Além disso, segundo elas, a pose e o filtro que usaram para tratar a foto acabaram deturpando um pouco a imagem que foi deletada da rede social.

As gêmeas do nado negam uma preocupação excessiva com a vaidade e reafirmam que o único foco é com a performance nas piscinas, especialmente com a chegada das Olimpíadas de 2016. Assim, seus corpos são esculpidos com base em uma alimentação saudável e em oito horas diárias de exercício.

“O que a gente quer é passar saúde. A foto deu muita polêmica porque a gente está fazendo pose, aí aparece bem definido, e teve o efeito do filtro. Falaram que estamos muito magras e isso não ficou legal. Não temos vaidade, nossa busca é apenas pela performance, até porque a gente sabe que o dia que a gente parar de nadar, nosso corpo vai mudar”, disse Bia, em entrevista ao UOL Esporte.

Mais liberdade nas férias

Bia e Branca seguem uma dieta equilibrada, orientada por um endocrinologista, e estão com percentual de gordura em torno de 8%, de acordo com Bia - o endocrinologista Fabiano Serfaty (médico endocrinologista), fala em 5%. Agora, depois de disputarem o Pan e o Mundial de Kazan, elas estão de férias e se dão ao direito até de comer o que gostam nos fins de semana. Com uma boa dose de bom senso, até o churrasquinho e o chocolate estão liberados.

“A gente procura se alimentar muito bem, manter o peso e fazer uma dieta bacana. Já estou com 27 anos, não tenho mais 18 anos para fazer besteira. Uma dieta saudável e uma alimentação feita direitinho ajudam muito no desempenho”, disse.

“Durante a competição a gente precisa manter o peso e se alimentar de forma super saudável. Não tenho nem vontade de sair da rotina até porque o alimento é o combustível para o nosso desempenho. Agora o Fabiano (endocrinologista) fez um plano para a gente sair de férias e poder comer um pouquinho a mais. Vou treinar menos durante a semana, a gente segue dieta e no fim de semana se permite. A gente adora comer”.

Nova dieta marca novo corpo das nadadoras

Bia e Branca já haviam há algum tempo causado espanto pelo físico, quando abandonaram o corpo mais de meninas com que ficaram famosas e passaram a ostentar abdômens sarados. Antes elas se consultavam com o médico Marcio Tannure. Agora, com Fabiano Serfaty, mudaram a dieta.

Segundo ele, os suplementos foram deixados de lado e tudo o que é feito com elas é baseado na alimentação. A base é o que a seleção brasileira de nado sincronizado prevê para as suas atletas, e Fabiano adicionou alimentos ricos em proteína para elevar a performance delas rumo às Olimpíadas.

“Nosso trabalho com elas busca performance de topo, porque são atletas olímpicas. A estética é algo natural nesse processo. Para uma melhor performance, é preciso de mais massa magra. Para jogar esse nível para o alto, é preciso otimizar a massa muscular, aumentar dentro do que a genética delas permite e diminuir o percentual de gordura, a ponto de que ele continue dentro da saúde. Aí temos exames, muitas coisas que avaliam seus organismos para chegar nisso”, explicou ele.

Carne, peixe, frango, ovo e soja são alimentos que ele encoraja às nadadoras ingerir, tirando algumas guloseimas desnecessárias, como as torradinhas que costumavam beliscar à noite.

“Hoje nós otimizamos a massa muscular, reduzimos o percentual de gordura e elas estão com desempenho e força maior. Se sentem mais fortes, e foi só na dieta. Não tiramos carboidrato, gordura. Baseado nos exames, eu aumentei a ingestão proteica. Comem bem, não sentem fome... Pra que suplemento se tem complemento? Complemento é comida. Elas chegaram uma com 9% e outra com 10% de gordura corporal. Agora (fora das férias) estão com 5%. É o que falo para elas: dieta não é sinônimo de sentir fome, é mudar o hábito de se alimentar, não é comer pouco”, concluiu.

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