Rio ignora Ministério e lança sozinho plano de legado olímpico
A Prefeitura do Rio de Janeiro desistiu de esperar por uma posição do governo federal e lançou nesta quinta-feira (29), cerca de um ano antes do início da Olimpíada de 2016, um plano de legado para as arenas olímpicas da cidade. O plano prevê a transformação dos espaços esportivos em centros de treinamentos e locais para eventos e projetos sociais. Segundo o secretário de Governo do Rio, Pedro Paulo, o plano pode ser realizado mesmo sem o aporte de recursos federais inicialmente previsto para o projeto.
Veja abaixo o planejamento para cada arena:
Arena Carioca 3 – Durante os Jogos será palco das medalhas de esgrima, taekwondo e judô paralímpico. Depois, vai se transformar num Ginásio Experimental Olímpico (GEO), escola vocacionada para o esporte, com capacidade para 850 alunos em horário integral. No GEO serão oferecidas aulas de judô, lutas, tênis de mesa, futsal, badminton, basquete, handebol, vôlei, natação e atletismo.
Arena Carioca 2 – O ginásio que receberá as disputas de judô, luta greco-romana, luta livre e bocha paraolímpica em 2016 será dedicado exclusivamente ao esporte de alto rendimento após os Jogos. As modalidades praticadas serão: levantamento de peso, judô, lutas, badminton, esgrima, ginástica rítmica, ginástica de trampolim e tênis de mesa.
Arena Carioca 1 – A maior das Arenas Cariocas, com capacidade para 16 mil pessoas assistirem às partidas de basquete e rúgbi em cadeira de rodas durante os Jogos, será destinada ao esporte de alto rendimento e à promoção de eventos de diversas naturezas. Também haverá salas destinadas ao esporte.
Velódromo – O espaço poderá receber os melhores ciclistas do Brasil para aprimoramento técnico e também abrigar turmas ligadas a projetos sociais de iniciação esportiva, além de competições internacionais e outros eventos. O centro da pista receberá equipamentos para a prática de outras quatro modalidades: taekwondo, esgrima, boxe e levantamento de peso.
Centro de Tênis – O complexo de 16 quadras durante os Jogos Rio 2016 será reduzido após o evento, mas manterá sua vocação de abrigar atletas de alto rendimento, além de receber jovens inscritos em escolinhas de tênis e eventos.
Parque Aquático Maria Lenk – O local vai receber as competições de saltos ornamentais e nado sincronizado durante os Jogos de 2016. Após o evento, manterá seu perfil voltado para o alto rendimento, mas seu papel será ampliado com a oferta de vagas para cerca de 800 jovens de projetos sociais.
Arena Rio – A arena se consolidou no cenário cultural e esportivo da cidade como palco de grandes shows, partidas de basquete da NBA e lutas de MMA. Em janeiro deste ano, foi inaugurado o Centro de Treinamento de Ginástica Artística, com 1.400 m², que é administrado pelo COB e permanecerá após os Jogos.
Arena do Futuro – Palco das competições de handebol é temporária e será transformada em quatro escolas municipais. Sua construção já foi planejada para que, após os Jogos, a arena seja desmontada.
Centro Aquático – O espaço também é construído com estruturas temporárias. Após os Jogos Olímpicos, suas peças servirão para a montagem de dois centros aquáticos menores que cujo local ainda está indefinido.
Parque de Deodoro - Localizado na divisa da Zona Norte com a Zona Oeste, Deodoro reúne grande quantidade de instalações do Exército e se encontra na área com a maior concentração de jovens da cidade e onde não há muitas opções de lazer. Após os Jogos, ele será divido em setores. Algumas instalações olímpicas permanecerão sendo usadas para atletas. Outras áreas vão virar área de lazer.
Campo de golfe – Sua administração deve ser repassada à confederação brasileira do esporte. O campo poderá ser utilizado gratuitamente pela população.