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Anna Wintour é a inspiração para o personagem de “O Diabo Veste Prada”. Editora da Vogue americana, ela dita o mundo da moda e foi representada por Meryl Streep no filme. Uma simples opinião dela afeta o trabalho de grandes grifes, influencia o gosto de celebridades e impacta as vitrines que você vê no seu dia a dia. Certa vez, um repórter da revista New York perguntou a ela o que era tendência de moda no mundo esportivo:

Tudo que o Roger vestir

Fã de Roger Federer, a Miranda Priestly da vida real é uma das várias celebridades que fazem parte do círculo íntimo do tenista. Já o levou para a Semana de Moda de Milão, é figurinha carimbada em seus jogos e organizou uma festa de aniversário para ele há três anos. A badalação aconteceu em um restaurante de luxo que nem sequer havia sido inaugurado e reuniu de estilistas de ponta como Oscar de la Renta a estrelas de cinema do porte de Nicole Kidman e Bradley Cooper. 

Nada pode ser mais simbólico para ele que um aval desse porte. Craque em quadra, o suíço é um ícone de elegância para vários artistas fora dela. Em todos os sentidos.

Um dia de Federer entre as celebridades (inspirado em fatos reais)

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Um boné que se transformou em ícone da moda

O impacto cultural de Roger Federer para o mundo do tênis vai além da percepção de seu jogo. Alguns de seus uniformes, por exemplo, viraram ícones. Foi assim com o conjunto todo preto que o transformou em "Darth Federer" ou o uniforme militar em branco e dourado com o qual ele comemorou um título em Wimbledon.

Para a posteridade, ele pode ser lembrado por um simples “RF”. O monograma criado em 2006 foi o primeiro da Nike para um tenista. Antes dele, só nomes como Michael Jordan, Ronaldo e Tiger Woods haviam sido transformados em marcas parecidas pela empresa. Em 2009, a Vanity Fair escreveu que o boné com as iniciais do suíço havia se transformado em um ícone, uma espécie de camisa de futebol mais discreta com o qual o fã de tênis manifesta sua preferência.

Na primeira metade do século passado, Fred Perry e René Lacoste, ex-tenistas dominantes, criaram marcas com seus nomes que hoje são grandes grifes mundiais. Hoje, não dá para descartar um caminho parecido para Federer, que neste ano estreou como “estilista” na sua primeira linha de roupas casuais.

Acredite: a rebeldia era a marca da juventude

É legal ser importante, mas é mais importante ser legal

Roger Federer, explicando qual é o seu

Roger Federer, explicando qual é o seu "lema de vida"

Federer gosta de ser bom-moço

  • Fã brasileira com câncer

    Em 2013, Beatriz Tinoco, que vive nos EUA, fez um pedido à fundação Make-a-wish, que atende desejos de jovens com câncer. Ela foi a Wimbledon para conhecer Federer, mas o suíço foi além. A guiou em um tour, bateu bola, levou a jovem para uma entrevista coletiva e ainda lhe deu um bolo de aniversário de presente de 18 anos.

    Imagem: Andre Penner/AP
  • Ajuda a rival amador

    No seu segundo jogo em Wimbledon em 2016, Federer encarou Marcus Willis, professor de tênis que nunca havia disputado um torneio ATP e era o 772º do mundo. O suíço entrou na onda da torcida, fez graça com o rival e ainda o ajudou ao pedir um desafio a favor dele em uma bola duvidosa.

    Imagem: Andre Penner/AP
  • Pizza para gandulas

    Na infância, Roger foi boleiro do ATP da Basileia, sua cidade natal. Por isso, nutre um carinho especial pelos jovens que passam o torneio recolhendo seus saques e voleios. Ao fim de cada edição, o suíço faz questão de pagar uma rodada de pizza para todos os adolescentes envolvidos no torneio.

    Imagem: Harold Cunningham/Getty Images
  • Simpatia em São Paulo

    Em 2012, Federer passou pela capital paulista em um tour promovido pelos seus patrocinadores. No passeio, visitou o mercadão, foi a um museu, jogou tênis e foi a uma favela. No fim elegeu o contato com as crianças carentes, com quem ele jogou bola em uma quadra de futsal, como o ponto alto da visita à cidade.

    Imagem: Andre Penner/AP
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O cavalheiro do tênis estará no Rio pela terceira medalha olímpica

Federer não é santo. Sua relação com Djokovic não é das melhores e ele já teve entreveiros com Wawrinka e Nadal. Só não espere uma resposta atravessada a um desses. Ele representa o espírito esportivo que se poderia esperar de um “esporte de cavalheiros” como o tênis. Espírito que, é claro, nem sempre se vê. Andy Roddick, um dos maiores fregueses do suíço, explicou como isso funciona ao entrevistar o rival para a Fox Sports americana:

“Nós nunca falamos sobre a final de Wimbledon em 2009. Eu fui para o vestiário muito emocionado, foi uma derrota dura. Eu lembro de sua equipe entrando e você pedindo silêncio para eles. Dando abraços, mas de uma maneira reservada, levando em consideração que estava sendo difícil para mim”

A personalidade e o talento fazem de Federer um ídolo perene. Ele não vence um Grand Slam desde 2012, mas não foram poucas vezes em que foi mais destaque que seus rivais. E na Rio-2016, não espere só presença VIP. Dono de um ouro em duplas (Pequim-08) e uma prata em simples (Londres-12), ele batalha por três medalhas (simples, duplas masculina e mista). Quem duvida do que ele pode fazer?

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