Feitos em casa

Sobe e desce: Brasil melhora desempenho em 17 modalidades nos Jogos Olímpicos do Rio

Bruno Doro e Guilherme Costa Do UOL, no Rio de Janeiro
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Leia os textos abaixo. Em boa parte deles, você vai ver por que o Brasil conquistou, nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a melhor participação de sua história. É o efeito casa, com a força da torcida somando forças com o grande investimento público no esporte.

É verdade também que não houve batida de meta do Comitê Olímpico do Brasil. A ideia era ficar entre os 10 melhores no quadro geral por total de medalhas. Mas das 33 modalidades olímpicas (as ginásticas e as diferentes disciplinas do ciclismo foram unificadas), 17 tiveram um desempenho brasileiro melhor do que em 2012. Mais do que isso, em 13 delas nunca tivemos resultados tão bons (ou igualamos as melhores marcas anteriores). É o caso da canoagem velocidade, com o três vezes medalhista Isaquias Queiroz, com o ouro do futebol masculino ou as primeiras vitórias olímpicas da esgrima (incluindo a eliminação de um campeão mundial).

Ao mesmo tempo, cinco modalidades mostraram desempenhos piores. E quando você chegar a esse ponto da lista, vai se surpreender. O judô, esporte que mais medalhas deu ao país na Rio-2016, está entre eles. Assim como o vôlei, que ganhou a última medalha do país nos Jogos. Veja quem subiu, desceu e ficou na mesma. 

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Subiu

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Vôlei de praia

?- Alison e Bruno Schmidt ficam com ouro, Agatha e Bárbara são prata

No local que ajudou o vôlei de praia a se tornar um esporte olímpico, o Brasil reconquistou a medalha de ouro. Alison e Bruno Schmidt eram os favoritos e terminaram com o título, mas Evandro e Pedro Solberg decepcionaram, eliminados nas oitavas de final. No feminino, em que o país sonhava com uma final verde-amarela, foram as principais favoritas que decepcionaram. Larissa e Talita caíram nas semifinais e na decisão do bronze, acabando sem medalhas. Agatha e Bárbara, que chegaram à decisão após vencer a até então imbatível Kerry Walsh (ao lado de April Ross), perderam a final para as alemãs Ludwig e Walkenhorst.

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Canoagem velocidade: Isaquias conquista as 3 primeiras medalhas da história

A Rio-2016 transformou um baiano de Ubaitaba, que compete em uma modalidade que ninguém conhecia direito, no principal nome do esporte olímpico do Brasil. Todo mundo, hoje, sabe que Isaquias Queiroz é o cara da Rio-2016. Suas três medalhas (duas pratas no C1-1000m e no C2-1000m, ao lado de Erlon Souza, e um bronze, no C1-200m) marcaram a primeira vez que um canoísta brasileiro subiu ao pódio. Não só isso: nunca o esporte brasileiro teve um atleta ganhando três medalhas na mesma Olimpíada ? e o número pode aumentar, já que, aos 22 anos, ele ainda tem algumas Olimpíadas pela frente.

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Vela: Martine e Kahena são ouro e Brasil faz outras seis medal races

O número de medalhas do Brasil na vela em 2016 foi o mesmo de Londres-2012, quando Robert Scheidt e Bruno Prada ficaram com o bronze na classe Star. Mas o panorama da modalidade mudou em quatro anos. Nas águas da Baía de Guanabara, Martine Grael e Kahena Kunze confirmaram seu domínio na classe 49erFX com o ouro (para seguir o título mundial de 2014). Além disso, outras seis classes chegaram à medal race (incluindo Robert Scheidt na Laser e Jorge Zarif na Finn, que terminaram em 4º lugar), contra apenas duas em 2012.

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Atletismo

- Após passar em branco em Londres-2012, Thiago Braz foi campeão olímpico, 1º ouro desde Maurren Maggi em Pequim-2008

- Mesmo sem a medalha, desempenho seria melhor, com 4º lugar de Caio Bonfim na marcha atlética e seis finais (contra três de 2012)

O atletismo brasileiro não está em ascensão apenas pela medalha com recorde olímpico de Thiago Braz. Nas provas de campo, principalmente, o crescimento de desempenho foi notável. Darlan Romani, do peso, e Wagner Domingos, do martelo, não medalharam, mas chegaram à decisão com chance de pódio. Além disso, a marcha atlética foi muito bem: quarto lugar de Caio Bonfim e o sétimo de Érica Sena nas provas de 20km.

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Futebol

- Primeiro ouro da história veio nos pênaltis, com consagração de Neymar

O último título que o futebol do Brasil não tinha foi conquistado com o Maracanã lotado, em uma decisão por pênaltis dramática, decidida na última cobrança e convertida por Neymar. O Brasil finalmente é campeão olímpico em seu esporte nacional, após três derrotas em finais (incluindo a prata de Londres-2012) no masculino e duas no feminino.

As mulheres também melhoraram em relação a 2012 (quando pararam nas quartas), com o quarto lugar.

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Ginástica

- Três medalhas, com Diego Hypólito, Arthur Nory e Arthur Zanetti, transformaram a modalidade em carro-chefe do Brasil no quadro

Em Londres-2012, Arthur Zanetti conquistou a primeira medalha da história da ginástica brasileira nos Jogos Olímpicos. Na Rio-2016, o ouro não veio, mas os resultados surpreenderam. Zanetti voltou ao pódio (com a prata), Diego Hypólito conquistou sua primeira medalha olímpica (prata no solo) e Arthur Nory (bronze no solo) completou o trio laureado. Mas o crescimento da modalidade não fica restrito a isso: Francisco Barreto, Flávia Saraiva, Rebeca Andrade e Sérgio Sasaki chegaram a finais com a melhor posição da história em suas provas. Além disso, o Brasil chegou à decisão com suas duas equipes – os homens terminaram em sexto lugar.

Na ginástica rítmica, o Brasil terminou em nono lugar por equipes (quatro após nem mesmo se classificar para Londres-2012) e Natália Gaudio foi a 23ª no individual. No trampolim, Rafael Andrade foi o primeiro representante do país na Olimpíada, com o 15º lugar.

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Tiro Esportivo

- Prata de Felipe Wu é a primeira medalha do país desde as Olimpíadas de 1920

Em Londres-2012, Felipe Wu estava na Vila Olímpica e acompanhou o time brasileiro que ficou longe do pódio – o melhor resultado foi o 17º lugar de Filipe Fuzaro na fossa dublê. Em quatro anos, porém, a situação mudou. Wu evoluiu e se tornou um dos melhores do mundo na pistola de 10 metros e chegou ao Rio de Janeiro como líder do ranking mundial. O ouro não veio, mas a prata que o paulistano de 24 anos conquistou foi a primeira do país na modalidade desde as Olimpíadas de 1920, quando o país conquistou três medalhas.

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Maratona Aquática: bronze de Poliana Okimoto é primeiro do país na modalidade

Ana Marcela Cunha chegou ao Rio de Janeiro como a melhor nadadora de águas abertas do planeta. Em 2014, por exemplo, ganhou cinco etapas da Copa do Mundo. Mas foi Poliana Okimoto, a veterana que disputou sua terceira olimpíada, quem acabou com o jejum do país na modalidade. Ela fechou a prova dos 10km em quarto lugar, mas uma das rivais a sua frente acabou desclassificada e a brasileira levou o bronze. Uma evolução em relação a 2012, quando Poliana nem mesmo completou a prova, e 2008, quando Ana Marcela foi a quinta colocada.

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Taekwondo: surpresa, Maicon Andrade coloca país no pódio pela 1ª vez desde 2008

O Brasil que sonhava com Anderson Silva na Rio-2016 comemorou com Maicon Andrade. O ex-pedreiro só participou dos Jogos após a confederação incluir sua categoria nas seletivas olímpicas. A intenção inicial para a mudança era abrir uma brecha para a entrada de Anderson. Com a desistência do astro do MMA, Maicon ganhou a vaga da seletiva. Na Rio-2016, o atleta azarão conquistou o bronze na categoria acima de 80kg. A última medalha do país tinha sido o bronze de Natália Falavigna de Pequim-2008. Em Londres-2012, o melhor resultado foi o 4º lugar de Diogo Silva.

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Canoagem slalom: em 6º, brasileiro faz melhor resultado da história

Quando Pedro Henrique Gonçalves fez sua descida e apareceu entre os candidatos pela medalha, muita gente se assustou. Sua sexta colocação é a melhor da história, mas ele não era o principal nome da modalidade por aqui. O posto pertencia a Ana Sátila, 20 anos, campeã mundial júnior. Mas ela terminou apenas em 19º lugar no Rio de Janeiro, três acima do 16º em Londres-2012.

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Ciclismo: Flávia Oliveira é 7ª, melhor resultado desde 1960

Nas bicicletas, o Brasil não esteve tão perto de medalhas, mas encontrou motivos para comemorar. Flávia Oliveira, campeã de montanha da Volta da Itália, aproveitou as características do percurso carioca, cheio de subidas, para conquistar o sétimo lugar da prova feminina de estrada, a melhor colocação do ciclismo nacional em Olimpíadas desde Roma-1960, quando Anésio Argenton foi quinto colocado na prova de velocidade da pista. Nas outras especialidades, destaque para Gideoni Monteiro, 13º lugar no Omnium.

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Esgrima: primeiras vitórias em Olimpíadas, com triunfo sobre campeão mundial

A esgrima é um dos casos em que o feito na Olimpíada é muito maior do que o resultado propriamente dito. Nathalie Moellhausen foi a primeira brasileira a vencer uma partida de esgrima nos Jogos Olímpicos. Não só isso: ela chegou até as quartas de final e terminou em sexto lugar na espada, melhor resultado da história. Guilherme Toldo não ficou longe: ele também chegou até as quartas, terminando em oitavo lugar. Para isso, ganhou do atual campeão mundial, o japonês Yuki Ota.

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Hipismo: salto é quinto e CCE é sétimo (melhor da história)

A participação do time de saltos ficou perto da medalha, com o quinto lugar. Mas o resultado acabou ofuscado por todo a polêmica que envolveu a não convocação de Rodrigo Pessoa para os Jogos. Mesmo assim, o 5º lugar, com cavaleiros jovens, foi positivo. Mais positivo ainda foi o resultado do time de CCE, que terminou em sétimo lugar e mostrou que as altas expectativas pré-olímpicas eram justificadas.

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Levantamento de peso: inéditos quintos lugares

Fernando Reis chegou à Rio-2016 com chances de medalha, após os escândalos de doping desfalcarem sua categoria. Na final, ele quebrou seu próprio recorde pan-americano, mas não foi suficiente para a medalha. O quinto lugar, porém, foi histórico: ele igualou o melhor resultado país na modalidade, que tinha sido conquistado dias antes por Rosane Santos (categoria até 53 kg).

Reuters Reuters

Luta Olímpica: Aline Silva fica a um lugar de melhor resultado brasileiro

Aline Silva já é a melhor atleta da história da luta olímpica do Brasil. Seu vice-campeonato mundial de 2014 foi a primeira medalha verde-amarela em torneios desse nível. A lutadora entrou como favorita, mas acabou apenas na nova posição. Com isso, o oitavo lugar de Rosângela Conceição em 2008 segue o melhor da história da modalidade.

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Tênis de mesa: Calderano iguala 9º lugar de Hoyama de 1996

A Rio-2016 foi a primeira do Brasil sem Hugo Hoyama desde 1992. Mas quem disse que o veterano foi esquecido. Outro Hugo, o Calderano, um garoto de 20 anos, igualou o nono lugar do veterano na chave individual, melhor resultado da história da modalidade por aqui. É uma evolução em relação a Londres-2012, quando Hoyama e Gustavo Tsuboi terminaram em 49º lugar. Os times masculino e feminino também chegaram às oitavas de final.

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Tiro com arco: Ane Marcelle fica em 9º na prova individual

Nos últimos quatro anos, Marcus Vinícius D?Almeida surgiu como estrela do tiro com arco do Brasil, com medalha nos Jogos Olímpicos da juventude e um vice-campeonato na final da Copa do Mundo. Mas não foi ele o destaque do time verde-amarelo nas disputas no Sambódromo. O posto coube a Ane Marcelle dos Santos, que chegou até as oitavas de final, com direito a vitórias sobre uma japonesa e uma australiana.

Marcio Fernandes/Estadão/NOPP

Desceu

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Vôlei

- Seleção masculina levou o ouro após 12 anos, mas time feminino parou nas quartas de final

Pode parecer estranho afirmar que o esporte que conquistou a última medalha de ouro do Brasil nos Jogos Olímpicos piorou seu desempenho. Mas essa é uma afirmação matemática. Pela primeira vez desde 1988 a seleção feminina não atingiu a semifinal olímpica. Um fato inesperado para um time que defendia o bicampeonato olímpico, como faziam José Roberto Guimarães e suas jogadoras. A seleção masculina manteve o bom momento, com sua quarta medalha seguida, a terceira de ouro da história.

Kai Pfaffenbac/Reuters Kai Pfaffenbac/Reuters

Judô

- Brasil saiu com um ouro (Rafaela Silva) e dois bronzes (Rafael Silva e Mayra Aguiar), uma medalha a menos do que em Londres-201

É difícil falar que o esporte que mais medalhas rendeu para o país na Rio-2016 (três, o mesmo que a canoagem) teve um desempenho ruim. A questão é que o esporte chegou aos Jogos com cinco atletas que subiram ao pódio de campeonatos mundiais nos últimos quatro anos e saiu do Rio de Janeiro com uma medalha a menos do que ganhou em Londres-2012.

Rafaela Silva chegou à redenção após o trauma há quatro anos e Rafael Silva e Mayra Aguiar igualaram seus desempenhos. Mas Sarah Menezes (campeã olímpica), Érika Miranda (três medalhas em três mundiais desde 2012), Maria Suelen Altheman (duas vezes vice-campeã mundial), Victor Penalber (bronze no Mundial de 2016) e Felipe Kitadai (bronze em 2012) saíram dos Jogos em branco.

Danilo Verpa/Nopp Danilo Verpa/Nopp

Pentatlo Moderno

- Yane Marques fica em 23º lugar em sua defesa do bronze de Londres-2012

O melhor momento de Yane Marques na Rio-2016 foi na cerimônia de abertura. A pernambucana, primeira brasileira no pódio do pentatlo moderno, foi eleita em votação popular para ser a porta-bandeira na festa. Ela precisou esperar até o final da segunda semana para competir, mas teve um desempenho muito ruim: ficou só em 23º lugar. Na prova masculina, Felipe Nascimento foi 31º.

Elsa/Getty Images Elsa/Getty Images

Basquete

- Seleção masculina chegou cotada para uma medalha, mas não passou da primeira fase

- Time feminino não venceu uma partida e saiu com a pior campanha ao lado de Senegal

O basquete brasileiro chegou a sonhar com uma medalha. Comandado pelo campeão olímpico de 2004, o argentino Rubén Magnano, e liderado por Leandrinho e Nenê, da NBA, os brasileiros tinham experiência e tamanho para ameaçar as potências. Mas a expectativa não se concretizou. O Brasil perdeu três vezes em cinco jogos e foi eliminado na primeira fase. Há quatro anos, a derrota veio nas oitavas de final.

No feminino, o time que teve uma preparação difícil, com troca de treinador no ano olímpico, não surpreendeu ninguém. Foram cinco derrotas em cinco jogos e o penúltimo lugar. Em Londres-2012, pelo menos, o Brasil venceu uma partida.

Satiro Sodré/SSPress Satiro Sodré/SSPress

Natação

- Brasil deixa Olimpíada sem medalha pela primeira vez desde 2004

- Thiago Pereira e Bruno Fratus, esperanças de medalha, falham na final

Quando Cesar Cielo não se classificou para a Rio-2016, o Brasil não sentiu tanto. Thiago Pereira ainda estava no time, para defender sua medalha de 2012, e Bruno Fratus era uma estrela em ascensão, chegando com o bronze do Mundial de 2014 no currículo. Mas, nas piscinas do Estádio Aquático, a natação do Brasil não passou pelo pódio, algo que não acontecia para a equipe nacional em Olimpíadas desde Atenas-2004. Fratus foi o sexto nos 50 m livre, Pereira, o sétimo nos 200 m medley e o país teve de comemorar resultados discretos: foram oito finais no Rio, melhor do que as cinco em 2012.

Clive Brunskill/Getty Images

Na mesma

Peter Cziborra/Reuters Peter Cziborra/Reuters

Boxe

- Brasil só levou uma medalha, mas Róbson Conceição é primeiro boxeador brasileiro campeão olímpico

Todos sabiam que superar Londres-2012 seria difícil, com as três medalhas conquistadas por Adriana Araújo (bronze) e os irmãos Esquiva (prata) e Yamaguchi Falcão (bronze). Mas o desempenho no Rio de Janeiro pode ser analisado por dois prismas. O primeiro: Róbson Conceição, nos 60kg, é o primeiro brasileiro a conquistar um ouro na modalidade. Por outro lado, foi o único do país no pódio. E só outros dois membros da delegação lutaram por medalha, parando nas quartas de final (Michael Borges nos 81kg e Andreia Bandeira nos 75kg).

Roberto SCHMIDT/AFP Roberto SCHMIDT/AFP

Handebol

- Equipe masculina chega às quartas de final pela primeira vez

A seleção feminina de handebol chegou aos Jogos Olímpicos com um status inédito no Rio de Janeiro: favoritas. O título mundial de 2013 colocou as brasileiras, definitivamente, na elite da modalidade. O ganho de resultados nos Jogos, porém, não apareceu. O time parou nas quartas de final, assim como em 2012. Os homens, porém, mostraram evolução. O time venceu a fortíssima Alemanha e se classificou pela primeira vez para as quartas.

AP/Charles Krupa AP/Charles Krupa

Tênis

- Brasil chega às quartas de final no individual (Bellucci) e em duplas (Melo/Soares)

Há quatro anos, a dupla formada por Marcelo Melo e Bruno Soares chegou às quartas de final nas quadras de Wimbledon. Desde então, os dois se consolidaram como os melhores do mundo e, em períodos diferentes, lideraram o ranking mundial. Mesmo assim, não conseguiram melhorar o desempenho. Melo e Soares foram eliminados nas quartas da Rio 2016 pelos romenos Florin Mergea e Horia Tecau (que terminaram com a prata).

Já Thomaz Bellucci surpreendeu. Nas duplas, com André Sá, estreou com vitória sobre Andy Murrey (e seu irmão Jamie). No individual, seu quinto lugar contou com vitória sobre o belga David Goffin (13 do mundo) nas oitavas.

Danilo Verpa/Nopp Danilo Verpa/Nopp

Badminton: estreia olímpica sem vitória

Lohaynny Vicente e Ygor Coelho, ambos criados em um projeto social que ensina badminton na comunidade carente da Chacrinha, no Rio de Janeiro, foram os primeiros brasileiros a jogar uma partida da modalidade nos Jogos. Os dois perderam na estreia, mas Ygor venceu um set contra o irlandês Evans Scott.

Reuters Reuters

Golfe: Adilson Silva foi o melhor do país, com o 39º lugar

Na estreia olímpica, o golfe foi mais falado pelas particularidades do campo, com capivaras e jacarés circulando, do que pelos resultados dos brasileiros. Não que Adílson Silva tenha feito feio. Ele chegou aos jogos como o 51º do ranking olímpico e terminou em 39º lugar. Mirian Nagl (52ª) e Victoria Lovelady (53ª) também terminaram à frente de seus rankings, com o 59º e o 61º lugares, respectivamente.

Hussein Malla/AP Hussein Malla/AP

Hóquei: pior time do torneio, tomando 46 gols, mas fazendo um

O Brasil nunca tinha se classificado para o torneio olímpico de hóquei na grama e só chegou ao Rio de Janeiro por ser país sede ? mesmo assim, precisou provar que merecia a vaga no Pan-Americano de Toronto-2015. No Rio, a equipe se esforçou e ainda marcou uma vez (na derrota por 9 a 1 para a Grã-Bretanha).

Flávio Florido/Exemplus/COB Flávio Florido/Exemplus/COB

Nado Sincronizado: na 1ª aparição olímpica, time leva melhor nota de sua história

A equipe brasileira de nado sincronizado nunca tinha se classificado para os Jogos Olímpicos. No Rio de Janeiro, terminou em sexto lugar, com a maior nota de sua história na modalidade, 171.9985 pontos. Nos duetos, o time parou, mais uma vez, nas preliminares.

Alexandre Loureiro/COB Alexandre Loureiro/COB

Remo: 14º lugar no skiff duplo peso leve

Com apenas dois barcos, o remo do Brasil já chegou ao Rio de Janeiro em desvantagem em relação a Londres (quando tinha três embarcações). O rendimento, porém, foi melhor: no skiff duplo peso leve, William Giaretton e Xavier Vela ficaram em 14º - Vanessa Cozzi e Fernanda Nunes terminaram em 15º. Em Londres-2012, Kissya Costa foi a 18ª.

Francois Nel / Staff Francois Nel / Staff

Rúgbi: seleção feminina fica em nono lugar

A seleção brasileira chegou aos Jogos como uma das dez melhores do mundo. Sair com o nono lugar, portanto, não chegou a ser uma surpresa. Mas as vitórias brasileiras sobre Japão (duas vezes) e Colômbia empolgaram e Beatriz Futuro foi uma das 15 maiores pontuadoras do torneio. No masculino, o time saiu sem vencer, mas marcou 12 pontos na derrota por 40 a 12 para os campeões olímpicos de Fiji.

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Saltos Ornamentais: Cesar Castro faz uma final

O Brasil nos saltos ornamentais da Rio-2016 foi muito mais sobre polêmicas fora da água do que os resultados na piscina. A jovem Ingrid Oliveira acabou no centro de um caso que envolvia brigas, reclamações e sexo dentro da Vila Olímpica e quase todos os membros da delegação foram afetados. Os resultados foram melhores do que há quatro anos graças a César Castro, que voltou a uma final olímpica após 12 anos. Porém, o desempenho não foi de grande destaque.

Alaor Filho/Exemplus/COB Alaor Filho/Exemplus/COB

Triatlo: melhor brasileira é 40ª

O triatlo brasileiro não tinha grandes esperanças para o Rio de Janeiro, com os dois convocados (Pamella Oliveira e Diego Sclebin) ocupando apenas posições intermediárias no ranking mundial. O melhor resultado foi de Pamella, com o 40º lugar na prova feminina, dez a mais do que em Londres-2012.

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