Coluna

Roberto Salim

Rosângela detona treinador do revezamento: "Não gosta de ouvir os atletas"

Divulgação
Roberto Salim

Roberto Salim, repórter da Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, O Globo, Gazeta Esportiva, Última Hora, Revista Placar, ESPN Brasil. Cobriu as Olimpíadas de Barcelona, Atlanta, Sydney, Athenas, Pequim e Londres. Na ESPN Brasil realizou mais de 200 documentários no programa 'Histórias do Esporte', ganhando o Prêmio Embratel com a série 'Brasil Futebol Clube' e o Prêmio Vladimir Herzog.

Colunista do UOL

O atletismo brasileiro chegou a uma encruzilhada.

Parece que os atletas não vão mais se calar. A primeira a desabafar foi a velocista Rosângela Santos, inconformada com a eliminação brasileira no revezamento 4x100. Ela não concordou com o encaminhamento dos treinos nos últimos dias. Por isso, postou em seu Facebook toda a indignação.

“Desta vez não podemos dizer que não foi investido dinheiro em nós... foi e muito, mas, mas muito dinheiro mesmo. E recebemos muito mais até do que muitos atletas que competiram muito melhor que nós. O que fizemos foi muito aquém do que deveria ter ocorrido. Não faltou nada, absolutamente nada para nós... mas a minha indignação é porque mais de uma vez foi por conta do técnico, que não gosta de ouvir os atletas, que fomos prejudicados mais uma vez. E aí nem todo o investimento valeu de nada... quem agora vai querer investir? Pois é, ninguém”.

Segundo o ex-atleta Nelsinho Rocha dos Santos parte dessa indignação de Rosângela passa pela inclusão de Ana Cláudia no grupo.

“Se ela não podia competir, porque foi chamada.”

Ele acha também que havia atletas machucadas, sem suas melhores condições.

“Só não falei isso antes, porque poderiam confundir as coisas, já que minha filha Evelyn não obteve o índice, mas seria um nome certo se houvesse alguma substituição no grupo”.

O técnico da equipe nacional de revezamento é Carlos Alberto Cavalheiro, velho conhecido de Rosângela.

“Se todo mundo reclamasse, acho que ela deveria falar sim, mas só ela fala, só ela é polêmica, não acho que vai adiantar alguma coisa”, disse tia Graça, a guru da menina veloz.

“Creio que ela divulgou sua revolta porque o técnico não quis ouvir a opinião dela na arrumação da equipe”.

Tia Graça acha melhor, mais uma vez, Rosângela esfriar a cabeça e ficar quieta.

“Aconteceu o que ocorre sempre com técnicos de futebol, que às vezes não escutam os seus craques”.

Desta vez a teimosia ou os segredos de bastidores custaram caro às meninas velozes do Brasil.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Topo