Mãe de Felipe Wu está orgulhosa, mas é durona: "Aqui ninguém joga confete"
Toda mãe se derrete quando o filho brilha. Ainda mais quando o filho ganha uma medalha olímpica de prata. Acontece que a mãe do Felipe Wu também é instrutora de tiro, é do ramo e não amolece o coração facilmente. Então... vejam só o que Elza falou em sua casa, na tranquila rua Anacetuba, em São Paulo, em cujo quintal ela e o marido forjaram um verdadeiro campeão.
“Estou orgulhosa, que mãe não estaria, mas a nossa vida vai continuar igualzinha, vida que segue, aqui ninguém vai jogar confete no Felipe”.
Questão de criação: Paulo, o pai, também instrutor de tiro, é professor de física. Desde que o menino nasceu, foi incentivado a praticar o esporte. E ele de fato é muito bom.
“Mais um pouquinho e ele ficava com o ouro”, observou a mãe exigente.
Ela acha que talvez as dores nas costas tenham atrapalhado um pouco. “O treinamento é muito intenso e repetitivo, na mesma posição, acaba dando problema na coluna, mas não é qualquer remédio que pode ser tomado, por causa do doping”.
Quando está em casa, ela trata de fazer massagem nas costas do medalha de prata: ”É massagem ou bolsa de gelo”.
“Ele me ligou depois da conquista, mas falamos rapidamente, ele tinha um monte de compromisso a cumprir e volta a atirar no dia 10, nos 50 metros... quem sabe vem outra medalha?”
Talvez, ela e o marido estejam no Centro Nacional de Tiro na próxima quarta-feira:
”Desta vez não fomos porque não tinha ingresso”.
Até recentemente, o atirador não tinha qualquer benefício da Confederação. Inclusive as balas mais apropriadas para o treinamento eram compradas pelo pai. A grande parte do treino para a pistola de ar de 10 metros foi feita no quintal da casa da família Wu:
”Treino improvisado, mesmo porque nosso quintal tem só 8 metros”.