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Brasil em busca do bi

Cerca de 20 anos após a sua criação o vôlei chegou ao Brasil. Não se sabe ao certo se isso ocorreu em um colégio na cidade do Recife, em 1915 ou na Associação Cristã de Moços de São Paulo em 1916. Certo mesmo é que desde o início o Brasil mostrou bastante simpatia pelo esporte.

Em 1923, o Fluminense, no Rio de Janeiro, organiza o primeiro torneio aberto para todos os membros da Liga Metropolitana de Desportos Terrestres.

AS MEDALHAS DO VÔLEI
OURO
  • Barcelona-1992

    Masculino

  • Atenas-2004

    Masculino

PRATA
  • Los Angeles-1984

    Masculino

BRONZE
  • Atlanta-1996

    Feminino

  • Sydney-2000

    Feminino

O mundo passou por uma imensa turbulência nas décadas de 30 e 40 com as duas guerras mundiais, e com o vôlei não foi diferente. Em 1947, porém, foi criada a Federação Internacional de Volley Ball (FIVB) e lá estava o Brasil como um dos fundadores.

Quatro anos mais tarde, a Confederação Brasileira de Desportos organiza o primeiro Sul-Americano, que foi vencido pelo Brasil. Desde então esta competição foi disputada 27 vezes e em todas as edições o Brasil foi o campeão.

Já em 1954 nasce a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Gradativamente a expressão do Vôlei brasileiro cresce mundialmente e em 1964, o esporte é aceito no programa olímpico. O Brasil com a sua seleção masculina vai a Tóquio, mas não consegue medalha. O vôlei esteve em todas as outras edições olímpica e a seleção masculina brasileira também.

Porém é na década de 80 que a seleção masculina ganha notoriedade com a sua geração de prata nas Olimpíadas de Los Angeles, em 84. Bernard, William, Montanaro, Bernardinho e companhia perdem a decisão para os Estados Unidos, mas fazem o interesse do grande público crescer.

Em 92, na Olimpíada de Barcelona, a consagração: com um ace Marcelo Negrão, o Brasil derrota a Holanda e conquista o seu primeiro ouro. Giovane, Pampa, Carlão, Tande e Maurício, são alguns dos destaques da equipe. Porém, os homens não mantêm o mesmo retrospecto nas Olimpíadas de Atlanta e Sidney, em 96 e 2000, respectivamente.

Nessas, o destaque foi a equipe feminina que travou duelos memoráveis com Cuba, em ambas as ocasiões nas semifinais, sendo eliminada pela equipe que viria a conquistar o bi olímpico.

Após essas decepções da seleção masculina, que já figurara entre as melhores do mundo, Bernardinho assume a equipe e de 2001 até os tempos atuais, comanda o que pode ser considerado o maior time brasileiro de todos os tempos e certamente, um dos melhores de todo o mundo.

Neste período foram conquistados: 1 Copa América (2001); 2 Copas do Mundo (2003 e 2007); 6 Ligas Mundiais (2001, 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007); 2 Campeonatos Mundias (2002 e 2006); 1 Pan- Americano (2007); 4 Sul Americanos (2001, 2003, 2005 e 2007); 1 World Grand Champions (2005) e o ouro na Olimpíada de Atenas em 2004.

No total são 18 títulos em 7 anos, uma média de dois títulos e meio por ano. A seleção feminina por sua vez, atualmente, enfrenta grande desconfiança diante da torcida e da crítica de um modo geral, principalmente após a virada sofrida diante da Rússia quando o Brasil deixou de ir à final das Olimpíadas de Atenas em 2004, quando teve cinco chances de fechar a partida após estar vencendo o quarto set por 24 a 19.