Os primeiros textos que narram as aventuras de Robin Hood datam do século 14. Acredita-se que foram inspirados na vida do Conde de Huttington, que viveu no fim do século 12. Mas o mito do arqueiro que roubava dos ricos para dar aos pobres continua presente no tiro com arco. Quando um atleta crava uma flecha na traseira de outra, o feito recebe o nome de "Robin Hood". Entretanto, não é só o ele que pode ser associado ao esporte. No candomblé, a deusa da caça e da pesca, Logum Edé, está sempre com seu arco e flecha - conta-se que ela habita as matas e as águas doces.
Até nos teatros de ópera o tiro com arco foi encenado. Gioacchino Rossini, autor de "O Barbeiro de Sevilha", adaptou aos palcos a história de Guilherme Tell, lendário herói alemão conhecido pelas suas habilidades como arqueiro. Uma de suas lendas mais famosas é a da flechada na maçã que teve de acertar, sendo que a fruta estava sobre a cabeça do próprio filho. A "brincadeira" fazia parte de uma punição imposta pelo tirano austríaco Albrecht Gessler, desafeto do arqueiro. Guilherme Tell teria participado da guerra de libertação da Suíça face ao império da Áustria, no início do século 19.
O norte-americano Justin Huish, campeão olímpico em Atlanta-1996, era apontado como favorito para ganhar a medalha de ouro em Sydney-2000. No entanto, devido a uma acusação de tráfico de maconha, ele teve que abandonar a equipe norte-americana. E foi justamente a partir de Sydney-2000 que passou a ser permitido aos arqueiros fumar (cigarros comuns, é bom deixar claro) entre uma flechada e outra. As autoridades esportivas entenderam que a mudança poderia servir para que os atletas relaxassem, podendo assim estabilizar o desempenho em caso de abstinência.