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Brasil: poucos praticantes

Praticado no país desde os anos 70, o softbol se desenvolveu principalmente nos Estados de São Paulo e do Paraná, onde há grande concentração de descendentes orientais, que já praticavam tradicionalmente o beisebol. Por conseqüência, as principais jogadoras também são as paulistas e as paranaenses, que formam toda a seleção brasileira da categoria adulta, com o aumento recente de nomes do Mato Grosso do Sul.

No interior de São Paulo, as cidades que concentram mais jogadores de softbol são Presidente Prudente, Marília, Ourinhos e Bastos. No Paraná, as "capitais" da modalidade são Maringá e Londrina. Campo Grande e Dourados, no Mato Grosso do Sul, também contam com bom número de praticantes do softbol.

Controlado pela Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol, com sede em São Paulo, o softbol tem uma pequena parte dos mais de 30.000 praticantes dos dois esportes, segundo a CBBS. No Brasil, existem cerca de 120 times espalhados pelo país para a prática do beisebol, a maioria deles com equipes também de softbol.

Chamado como modalidade feminina, o softbol ainda é visto como forma de lazer para os praticantes, na maioria adultos. Entre os homens, o esporte funciona como um "beisebol light", com grande apelo entre os mais velhos. Os campeonatos regionais costumam ser divididos em categorias "quarentão", "cinquentão" e até mesmo "sessentão", para atletas de 40, 50 e 60 anos, respectivamente.

Com pouca força no esporte, o Brasil ficou fora das três disputas olímpicas e também dos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, em 2003. Para o Pan do Rio, a classificação veio automática, pelo Brasil ser país sede, colocando o time pela primeira vez em uma competição de grande importância. Apesar da idade avançada de alguns praticantes, as atletas da seleção brasileira têm uma média de idade de 21 anos.

No Pan-Americano, apesar das norte-americanas nas Olimpíadas, o Canadá leva vantagem no número de medalhas por ter vencido os torneios masculinos mais vezes que os EUA. No Brasil, os homens praticam ainda menos o esporte.

Esvaziado, o softbol brasileiro tentou no Pan do Rio não deixar morrer o esporte no país. Tanto é que foi para uma arriscada promoção. Escolheu algumas meninas da equipe para posarem em fotos ensaios e promover a modalidade.

Para Pequim, a seleção não conseguiu a classificação, ficando com o quinto lugar na disputa continental pela vaga olímpica. Grandes forças da modalidade, Estados Unidos e Cuba conseguiram as duas primeiras vagas e a Venezuela conseguiu a terceira, no Pré-Olímpico regional das Américas.