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Saltos Ornamentais

AFP

Por apenas um salto, China não confirma 100% em Pequim

Analise o desempenho dos brasileiros

27/07/2008 - 10h26

China confirma supremacia e vence sete das oito provas em Pequim

Do UOL Esporte

Em São Paulo

Por um salto, a China não confirmou a hegemonia absoluta nos saltos ornamentais nos Jogos Olímpicos de Pequim. Na última prova da modalidade, a plataforma de 10 m masculina, o australiano Matthew Mitcham executou um salto de 112,10 pontos e tirou a medalha de ouro de Luxin Zhuo. Esta seria a oitava medalha dourada dos chineses nas oito provas do esporte nestas Olimpíadas.

A China conquistou sete medalhas de ouro nos saltos ornamentais em Pequim, provando que é mesmo a potência da modalidade desde as Olimpíadas de Barcelona-1992, quando começou a liderar o quadro de medalhas do esporte. O resultado obtido em 2008 fez os chineses chegarem a 27 medalhas douradas e diminuírem a diferença para os Estados Unidos, os maiores vencedores com 48 medalhas de ouro.

Reuters

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Tom Daley estreou em Olimpíadas aos 14 anos e foi 7º na plataforma de 10 m

Desde a primeira prova dos saltos nestes Jogos, a China já mostrou que seria difícil alguma outra nação ousar a desafiá-la na modalidade. A diferença para os outros países chegou a ser assustadora em algumas provas. Jingjing Guo e Minxia Wu confirmaram o favoritismo e conquistaram com folga a primeira medalha de ouro na prova de trampolim de 3 m sincronizado com uma diferença de 19,89 pontos para as segundas colocadas e quase 30 pontos para as terceiras.

Já Xin Wang e Ruolin Chen, no salto sincronizado da plataforma de 10 m, não deram “a mínima” para as oponentes. As australianas Melissa Wu e Briony Cole, medalha de prata, acabaram 28,38 pontos atrás das chinesas. Porém, foi no trampolim de 3 m individual masculino que a China obteve a maior diferença para um segundo colocado. Chong He levou a medalha de ouro com 36,25 pontos à frente do vice-campeão olímpico Alexandre Despatie, do Canadá.

O domínio chinês contrastou com o mau desempenho dos atletas brasileiros, que não conseguiram melhorar as posições que obtiveram em Atenas-2004. Depois de chegar às Olimpíadas de 2008 como destaque da delegação brasileira, César Castro foi eliminado nas eliminatórias do trampolim de 3 m. Há quatro anos, Castro tinha ficado entre os 12 finalistas.

Juliana Veloso, em sua terceira participação olímpica, também não conseguiu passar das eliminatórias da plataforma de 10 m. O 23º lugar em Pequim acabou sendo o pior da atleta em toda sua carreira olímpica. Na primeira participação, em Sydney-2000, ela foi 19º. Em Atenas, subiu três posições.

Cassius Duran e Hugo Parisi, os últimos brasileiros a competirem nos saltos ornamentais, pararam também nas eliminatórias da plataforma de 10 m, no entanto não pioraram seus desempenhos em relação à última edição dos Jogos. Duran manteve o 24º lugar de Atenas-2004. Já Parisi terminou a apenas uma posição de conseguir a classificação à semifinal, 19º, 13 posições à frente da alcançada na Grécia.

Apesar dos chineses dominarem o pódio dos saltos ornamentais em Pequim, um pequeno britânico ofuscou em certos momentos o brilho dos anfitriões em algumas provas. Tom Daley fez sua estréia em Olimpíadas aos 14 anos. Apesar da pouca idade e experiência, Daley terminou em sétimo entre 30 competidores na plataforma de 10 m, a sua principal prova.

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