Yane: a única brasileira
O pentatlo moderno é disputado no Brasil desde 1922. Filiada à Confederação Brasileira de Desportos Terrestres, a modalidade teve a participação de brasileiros em cinco edições de Olimpíadas: Berlim-1936, Helsinque-1952, Melbourne-1956, Roma-1960 e Tóquio-1964. Durante muitos anos, a atividade ficou restrita ao âmbito das forças armadas.
Foi apenas em 2001 que o esporte ganhou sua própria entidade com a fundação da Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno (CBPM). Atualmente, apenas cinco federações estão filiadas: Federação Gaúcha de Pentatlo Moderno (FGPM), Federação de Pentatlo Moderno do Estado do Rio de Janeiro (FPMERJ), Federação de Pentatlo Moderno do Distrito Federal (FPMDF), Federação Pernambucana de Pentatlo Moderno (FPEPM) e Federação Paulista de Pentatlo Moderno (FPPM).
Em Helsinque-1952, o Brasil foi representado por Eduardo Leal de Medeiros, Aloysio Alves Borges e Eric Tinoco Marques, todos com a patente de capitão do exército. Medeiros terminou na décima posição, Borges ficou em 21º e Marques em 29º. Em Melbourne-1956, a mesma equipe ficou fora das finais da competição.
Nas Olimpíadas de Roma-1960, Wenceslau Malta, que um ano antes ganhou a medalha de ouro no Pan-Americano de Chicago (Estados Unidos), ficou na 32ª colocação. O primeiro-tenente José Wilson Pereira e o segundo-tenente Justo Botelho Santiago terminaram na 50ª e 27ª colocações, respectivamente. Na competição por equipes, o Brasil terminou em 13º. Em Tóquio-1964, o único representante brasileiro, o capitão José Wilson Pereira, não se classificou para as finais da competição.
O país não levou representantes para a disputa do pentatlo nas Olimpíadas de Sydney-2000, mas o país voltou a ser representado em Atenas-2004 com Samanta Harvey, em 25º lugar, e Daniel Santos, que terminou na 29ª posição. Agora, porém, a modalidade sonha mais alto com Yane Marques, ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro e única representante nacional em Pequim.