Vânia Ishii foi a única brasileira a ganhar ouro no judô, no Pan de Winnipeg-1999. Ela vibrou e chorou após a vitória e, em seguida, quis telefonar para a irmã Tânia, também judoca. O que ela não esperava era que atendesse seu pai, Chiaki Ishii, bronze em Munique-1972. Vânia recebeu uma bronca: ela não deveria ter comemorado seu título ainda no tatame, o que é um desrespeito segundo a conduta japonesa.
Na Olimpíada de Tóquio, em 1964, o japonês Isao Okano, campeão dos pesos médios, protagonizou uma verdadeira ressurreição de um de seus oponentes. Nas quartas-de-final, contra o francês Lioel Grossain, o japonês deixou o rival inconsciente ao aplicar um estrangulamento. Vendo o crítico estado de Grossain, Okano aplicou uma técnica milenar japonesa para reavivar o adversário, que recuperou a consciência em poucos segundos.
O cubano Hector Rodrigues se cansou de apanhar dos seus seis irmãos durante sua adolescência. Então, ao passar certa vez por uma academia de judô, dirigida pelo governo cubano, resolveu se inscrever para aprender mais sobre defesa pessoal. Seis anos depois, na Olimpíada de Montréal, em 1976, Rodrigues conquistou a medalha de ouro na categoria leve ao derrotar na decisão o sul-coreano Chang Eun-kyung.