EFE

Jade é esperança na China

A chegada da ginástica artística ao Brasil está intimamente relacionada com a vinda de imigrantes alemães (e europeus em geral) ao país. Não à toa, as três primeiras federações criadas no Brasil foram as de Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro, em 1951.

O ano, aliás, foi um verdadeiro divisor de águas para o desenvolvimento da modalidade. A ginástica filiou-se à Confederação Brasileira de Desportos (CBD), e nesse mesmo ano a entidade organizou o primeiro campeonato brasileiro. Além disso, a ginástica brasileira caminhou também em âmbito internacional, filiando-se à Federação Internacional de Ginástica (FIG). Por fim, em 25 de novembro de 1978 foi criada a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG).

Brasil nos Jogos

Apesar de a ginástica estar em todas as edições dos Jogos, os resultados do país ainda são pouco expressivos. A primeira participação brasileira aconteceu somente em Moscou-1980, com Claudia Magalhães e João Luiz Ribeiro. Porém, é notável o claro desenvolvimento no Brasil nos últimos anos.

Ao longo do tempo, os resultados da ginástica brasileira foram melhorando aos poucos. Em Seul-88, a ginasta Luisa Parente classificou-se entre as 36 finalistas e terminou a competição no 34º lugar, o melhor desempenho brasileiro até então. Doze anos depois, em Sydney-2000, Daniele Hypólito superou a antiga marca, terminando na 21ª colocação no individual geral.

Na última Olimpíada, novamente o Brasil melhorou seus resultados anteriores, dessa vez com a então campeã mundial no solo, Daiane dos Santos. Considerada uma das maiores esperanças de medalha do Brasil da delegação, no entanto, Daiane não foi bem na final, mas ainda assim conseguiu o melhor resultado da história da ginástica brasileira até o momento, conquistando um 5º lugar no solo.

Este ano Daiane competirá novamente, mas dessa vez ela não será a única a carregar sobre os ombros a expectativa brasileira de medalhas. A maior esperança desta vez é o bicampeão mundial do solo, Diego Hypólito. Além disso, Jade Barbosa, ouro aos 16 anos de idade no Pan-Americano do Rio de Janeiro, também tem boas chances de subir ao pódio em Pequim.