Divulgação/COB

Nivalter é o único brasileiro

Trazida ao Brasil em 1941 pelo alemão José Wingen, a canoagem começou a ser praticada no Rio Taquari, na cidade de Estrela, Rio Grande do Sul. A modalidade não pegou e só ganhou força quando chegou ao Sudeste, com as primeiras competições oficiais nos anos 80 e a criação da Associação Carioca de Canoagem.

Em 1984, na cidade de Visconde de Mauá, no Rio de Janeiro, foi disputada a primeira prova oficial de canoagem e, no mesmo ano, algumas provas de velocidade, na Lagoa Rodrigo de Freitas, na capital fluminense.

No dia 3 de maio de 1985 foi fundada a Associação Brasileira de Canoagem, durante uma competição da Volta da Ilha de Vitória, no Espírito Santo. No dia 18 de março de 1989, a associação mudou o nome para Confederação Brasileira da Canoagem (CBCa) e nos anos 90 o Brasil começou a ganhar praticantes no esporte. Em 1992, Gustavo Selbach conquistou a medalha de bronze no Campeonato Mundial Júnior de Slalom, disputado na Noruega.

No mesmo ano, Sebastián Cuattrin se tornou o primeiro canoísta brasileiro em Olimpíadas, em Barcelona-1992. Maior nome da canoagem nacional, ele foi 46 vezes campeão brasileiro, hexacampeão sul-americano e tetracampeão pan-americano. Nos Jogos de Atlanta- 1996, terminou em oitavo no K-1 1.000 m, o único representante do continente americano nas finais masculinas. Para Pequim, no entanto, o argentino naturalizado brasileiro não conseguiu vaga.


Em Sydney-2000, quatro brasileiros (três na velocidade e um na slalom) não passaram às finais: Cássio Petry, Roger Caumo, Sebastián Cuattrin e Carlos Augusto Campos. Em Atenas, o país teve apenas dois representantes, Cuattrin e Sebastian Szubski, que foram até as semifinais do K-2 500 m, terminando na 15ª colocação.

Já na disputa de Pans, evento no qual a canoagem estreou em Indianápolis-1987, o primeiro ouro brasileiro veio em Santo Domingo. Foram cinco medalhas, mesmo número obtido em Winnipeg-99, mas desta vez veio o título, graças a Fábio Demarchi e Carlos Augusto Campos, que venceram na prova do K-2 500 m. O desempenho foi ainda melhor no Pan do Rio, em 2007, com o recorde de pódios. Foram seis medalhas garantidas na água, uma de ouro - na categoria K-4 1000 -, duas de prata e três de bronze.

Para Pequim, o único representante será o estreante Nivalter Santos, medalhista de bronze no C1 - 500 m, no Pan do Rio. Em maio de 2008, ele carimbou o passaporte ficando em segundo lugar no C1 500 m, no Pré-Olímpico da América. Nivalter foi beneficiado por uma "brecha" no regulamento, que impedia a ida do Canadá e do México em duas provas, herdando o lugar dos canadenses.