UOL Olimpíadas 2008 Atletas Brasileiros
 

Tiro Esportivo

Júlio Almeida

"Normalmente, treino uma hora e meia, duas horas por dia. Ser militar ajuda. Quem não é militar precisa ter dinheiro para atirar".

Data de nascimento
23/09/1969
Local de nascimento
Rio de Janeiro (RJ)
Residência
Rio de Janeiro (RJ)
Peso e altura
83 kg / 1,80 m
Provas
Pistola de ar 10 m, Pistola livre 50 m e tiro rápido 25 m
Participação em Pequim
13º na pistola de ar 10m, 18º na pistola 50 m e 11º no tiro rápido de 25 m

Piloto da Força Aérea Brasileira, o major Júlio Almeida chegou a Pequim para disputar três provas olímpicas credenciado por uma medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos. No Rio-2007, ele foi vice-campeão na pistola de ar 10 m.

A única medalha no Rio pode parecer decepcionante para quem, em seu Pan anterior (Mar del Plata-1995), tinha saído com dois pódios. A prata carioca, porém, veio acompanhada do índice olímpico, enquanto as medalhas argentinas não renderam presença em Atlanta-1996. "Tanto a medalha, quanto a vaga são importantes, mas a vaga olímpica era um sonho antigo que só agora eu consigo tornar realidade".

A boa fase seguiu após a competição no Rio. Depois do Pan, ele conquistou mais duas vagas em Pequim: na pistola livre 50 m e no tiro rápido 25 m. Apesar de reconhecer que a carreira militar ajuda no acesso aos instrumentos de treino, o atirador diz que é duro conciliar as duas atividades. Normalmente, ele só tem tempo para treinar antes do trabalho.

Em março de 2008, no Complexo de Deodoro, no Rio, Almeida mostrou que, mesmo dividindo o tempo com o serviço militar, está no caminho certo. Na etapa brasileira da Copa do Mundo, ficou em sexto na pistola de ar 10 m, alcançando 679 pontos. O campeão, o italiano Mauro Badaracchi, obteve 684,4 pontos.

Foi a segunda a vez na história que um brasileiro chegou a uma final da competição. Antes, só Stênio Yamamoto, companheiro de Almeida na delegação de tiro na China, tinha sido vice-campeão na Copa do Mundo da Alemanha, em 2007.

Na China, a boa fase continuou para Júlio, que se deu melhor que Stênio nas disputas olímpicas. Contra rivais muito mais fortes do que no Pan, o brasileiro não conseguiu chegar a nenhuma das três finais das provas que disputou, mas se manteve sempre entre os 20 primeiros colocados. Na pistola de ar 10 m, conseguiu a 13ª posição e na pistola 50 m teve sua pior posição, no 18º lugar. Já no tiro rápido 25 m, foi o 11º, próximo dos seis que avançaram à decisão.