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09/09/2008 - 01h10

Com dobradinha, Brasil conquista primeiras medalhas no atletismo

Do UOL Esporte
Em São Paulo
O Brasil pôde comemorar suas primeiras medalhas no atletismo com uma dobradinha. Nesta terça-feira, Terezinha Guilhermina e Ádria Santos ganharam prata e bronze, respectivamente, nos 100 m da categoria T11, vencidos pela chinesa Chunmiao Wu. Com mais estas duas medalhas, o Brasil agora tem oito medalhas nas Paraolimpíadas de Pequim.

A prova marcou o duelo da detentora do recorde mundial, Terezinha, contra a atleta mais experiente do Brasil em Jogos Paraolímpicos, Ádria. Terezinha teve dificuldades no início da prova, chegando a tropeçar na saída. Mas se recuperou e alcançou a segunda posição. Ádria Santos manteve o terceiro posto do começo ao fim.

Ao final da prova, o guia de Terezinha, Chocolate, que já guiou Ádria Santos, afirmou que o resultado poderia ter sido melhor. "A medalha, ela perdeu para ela mesmo. Infelizmente, ela (Terezinha) errou no começo, e errar em uma prova dos 100 m no atletismo é difícil se recuperar", disse ao canal SporTv.

Ádria Santos, ao contrário, se mostrou muito contente com a medalha de bronze, que para atleta valeu como ouro. "O bronze para mim significa medalha de ouro. Foi uma prova muito bonita de se ver. Meu objetivo era chegar na final, e pude conquistar uma medalha", afirmou. Esta foi a 13ª medalha da brasileira em Jogos Paraolímpicos.

Ádria é a maior medalhista do Brasil em Paraolimpíadas. Foram quatro medalhas de ouro e seis de prata. Logo aos 14 anos, ela esteve em Seul-1988 e conquistou duas pratas. Em Barcelona-1992, a brasileira ganhou sua primeira medalha de ouro. Mas foi em Sydney-2000, que Ádria teve a sua melhor participação, com dois ouros e uma prata.

O atletismo é a modalidade que mais rendeu medalhas ao Brasil na história dos Jogos Paraolímpicos. Das 139 medalhas do país no evento, 76 foram da modalidade. As medalhas de Terezinha e Ádria foram as primeiras do país na modalidade, em Pequim.

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