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24/08/2008 - 05h23

Após oito anos, EUA voltam ao topo do basquete olímpico

Do UOL Esporte
Em São Paulo
Após esperarem longos oito anos, os Estados Unidos recuperaram, no último dia dos Jogos Olímpicos, a hegemonia do basquete. Ao contrário de todos os outros jogos que haviam feito até a final, os norte-americanos sofreram para vencer a Espanha por 118 a 107 e conquistarem a 13ª medalha de ouro da sua história. Apesar dos 20 pontos de Bryant na decisão, Dwayne Wade foi quem chamou o jogo e terminou como destaque do embate, com 27 pontos.

Lucy Nicholson/Reuters
Kobe anotou 20 pontos no ouro dos EUA...
Omar Torres/AFP
Mas Wade, "reserva", foi destaque com 27
Kerim Okten/EFE
O ala pivô Pau Gasol até tentou estragar...
Sergio Perez/Reuters
Mas no final os EUA levaram o 13º ouro da sua vitoriosa história nos Jogos Olímpicos
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QUEM SE DESTACOU NO OURO?
Estados Unidos e Espanha já haviam se enfrentado pelo Grupo B da primeira fase nas Olimpíadas de Pequim. Em seu primeiro grande teste nos Jogos Olímpicos, os norte-americanos não tomaram conhecimento da Espanha e venceram por 119 a 82. Enfrentando nada menos que os campeões mundiais, os Estados Unidos dominaram toda a partida, não sendo ameaçados em nenhum momento pelos espanhóis. Na final, as coisas foram bem diferentes.

No primeiro ataque do jogo, LeBron James fez de três. No segundo, Pau Gasol respondeu com uma cesta e um arremesso de bonificação após sofrer a falta. O primeiro quarto entre Estados Unidos e Espanha foi o de maior pontuação destes Jogos Olímpicos. A Espanha, além de fazer seu melhor primeiro período nestas Olimpíadas, dominou o placar nos oito primeiros minutos (15 a 11). Os norte-americanos reagiram quando o técnico Mike Krzyzewski colocou o quinteto "reserva", que anotou 29 pontos e ajudou o time a terminar com a vantagem de 38 a 31 no final.

O mau início norte-americano na partida se deveu à forte marcação exercida sobre o trio Kobe Bryant, LeBron James e Carmelo Anthony. Os três jogadores marcaram apenas seis pontos, nenhum de Bryant, que começou a dar a resposta já no início do segundo período. Em três minutos, o ala marcou cinco pontos. O ritmo acelerado e o equilíbrio do primeiro quarto continuaram no segundo, vencido pelos Estados Unidos por 31 a 30.

Além de Kobe, James também melhorou na partida. Ao final do primeiro tempo, o ala do Cleveland Cavaliers, da NBA, já aparecia com oito pontos. Porém, ninguém atuou melhor que Dwayne Wade. Vindo do banco de reservas, ele fez 21 pontos na primeira metade do jogo. Pelo lado espanhol, regular nos dois primeiros períodos, Rudy Fernandez foi o destaque. O ala acertou os três arremessos que tentou da linha de três e terminou a primeira etapa com 13 pontos.

Krzyzewski apostou nas infiltrações no garrafão no terceiro quarto. Na primeira metade, deixou em quadra Bryant e James (titulares) junto com Dwayne Wade. A estratégia deu certo e os Estados Unidos conseguiram aumentar um pouco a vantagem. Mas a Espanha não desperdiçava os ataques e continuou a seguir de perto. Desta vez, as duas equipes não alcançaram os trinta pontos no quarto, que terminou 22 a 21 a favor dos norte-americanos.

No último período, a diferença que era de nove pontos se esvaiu para apenas dois nos minutos iniciais. Liderada por Rudy Fernandez, melhor jogador da equipe com 22 pontos, a Espanha não se entregava e acompanhava o ritmo norte-americano. Porém, os Estados Unidos também fizeram sete pontos, cinco deles de Bryant, em apenas dois minutos e recuperaram a vantagem. Pau Gasol voltou a aparecer bem no final da partida, anotando dois lances livres e deixando o placar em 105 a 99 a favor dos EUA. No ataque seguinte, porém, apareceu o astro. Kobe Bryant fez uma de três e ainda sofreu a falta, convertendo o lance livre.

A partir daí, os arremessos começaram a ser convertidos alternadamente. Carlos Jimenez fez de três, mas Wade anotou da mesma distância para marcar seu 27º ponto no jogo. Com menos de um minuto e vendo a diferença ainda em sete pontos, os espanhóis começaram a apelar para as faltas, mas contaram com um bom aproveitamento dos norte-americanos, que mantiveram a vantagem para conquistar sua 13ª medalha de ouro em Jogos Olímpicos.

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