UOL Olimpíadas 2008 Notícias

20/08/2008 - 17h03

Em sua melhor campanha, Brasil enfrenta China por inédita vaga na final

Lello Lopes
Em Pequim (China)
Depois de quatro tentativas frustradas, o Brasil volta a ter uma oportunidade de chegar à final olímpica do vôlei feminino. A equipe do técnico José Roberto Guimarães enfrenta a China nesta quinta-feira, às 9h (de Brasília), no Ginásio Capital, em Pequim, com a melhor campanha de sua história.

A seleção brasileira chega à semifinal com uma campanha perfeita, com seis vitórias de 3 sets a 0. Um a um, Argélia, Rússia, Sérvia, Cazaquistão, Itália e Japão sucumbiram diante das brasileiras.

"A gente está conseguindo fazer boas partidas, mas agora começa outro campeonato", afirmou a líbero Fabi.

Nas quatro vezes anteriores que atingiu as semifinais, a equipe brasileira perdeu ao menos um set durante a trajetória.

O bom desempenho do Brasil no vôlei feminino dos Jogos Olímpicos começou em Barcelona-1992. A equipe, que tinha Ana Moser, Ana Paula, Ana Flávia, Fernanda Venturini, Hilma, Leila e Márcia Fu, perdeu para Cuba na primeira fase, mas avançou no torneio até parar diante da CEI (Comunidade dos Estados Independentes, que envolviam os países da recém-extinta União Soviética).

Na disputa do bronze, uma nova derrota, desta vez para os Estados Unidos. Fofão, levantadora e capitão da seleção atual, estava nesta equipe que terminou a Olimpíada na Espanha em quarto lugar.

Nos dois Jogos seguintes, a campanha até a semifinal foi idêntica: seis vitórias, com 18 sets vencidos e um perdido. Em Atlanta-1996, a seleção perdeu um set na primeira fase para a Alemanha. Em Sydney-2000, os Estados Unidos tiraram um set do Brasil na fase inicial. Nas duas Olimpíadas, o final também foi igual: derrota para Cuba nas semifinais e a medalha de bronze.

Em Atenas-2004, já dirigido por José Roberto Guimarães, o Brasil também chegou invicto às semifinais. Mas passou por dificuldade em duas partidas. Contra Itália e Estados Unidos venceu apenas por 3 sets a 2. Na semifinal, uma derrota traumática diante da Rússia.

"De 2004 você não vai aproveitar absolutamente nada. Você tem que pensar diferente. O que eu posso dizer é que o time está bem", disse Zé Roberto.

O treinador também afirmou que a seleção está preparada para ficar atrás do marcador. "Todo treinamento que a gente faz hoje é como se fosse uma competição, portanto elas estão preparadas para qualquer coisa: para sair atrás, para sair na frente, para jogar com qualquer um. Elas estão prontas", disse.

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