Integrantes de uma geração que 'bateu na trave' duas vezes em competições femininas de ponta do futebol, as brasileiras que disputam a final dos Jogos de Pequim nesta quinta-feira contra os Estados Unidos entram na partida com preparação psicológica que admite apenas o ouro olímpico como resultado.

Atual seleção medalha de prata (Atenas-2004) e vice-campeã mundial, o Brasil encara as norte-americanas no estádio dos Trabalhadores com a sensação de última chance para o time que conseguiu entrar no pelotão de elite da modalidade nos últimos anos, mas que ainda não conseguiu um título de expressão.


"Talvez seja a última chance de ouro para esse time, mas hoje temos mais experiência, carregamos nas costas as derrotas nas finais anteriores de Olimpíadas e Mundial", diz Cristiane, artilheira da equipe brasileira nos Jogos de Pequim.

"Vamos ser campeãs. Vamos entrar nesse jogo já com espírito de vencedoras", prega a zagueira Tânia Maranhão, capitã do time nas Olimpíadas.

A equipe brasileira realizou nesta quarta-feira o último treinamento antes do confronto com as norte-americanas na quinta, previsto para as 10h (horário de Brasília). A expectativa é de que o técnico Jorge Barcellos repita o time que começou a semifinal contra a Alemanha no começo da semana, com Bárbara; Érika, Renata Costa, Tânia Maranhão; Simone Jatobá, Daniela Alves, Formiga, Ester, Maycon; Marta e Cristiane.

Nesta quarta, o técnico brasileiro falou com confiança sobre as chaves do confronto com os Estados Unidos na decisão olímpica.

"Os Estados Unidos têm uma equipe muito forte fisicamente. Não podemos dar espaço para elas, nem um minuto sequer. Temos que jogar com a Marta e a Cristiane pelas pontas, não adianta forçar pelo meio, não dá para entrar assim. E, claro, valorizar a posse de bola", comentou Barcellos.

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