A expectativa era enfrentar Bulgária ou Itália nas quartas-de-final, mas a seleção brasileira vai encarar nesta quarta-feira às 9h (de Brasília) um rival muito menos badalado no cenário internacional do vôlei masculino: a China.

Na 'era Bernardinho', iniciada em 2001, o Brasil enfrentou a China apenas duas vezes. É o menor retrospecto entre todos os 11 adversários que o país tem pela medalha de ouro em Pequim.

As duas partidas terminaram com vitória da seleção brasileira. O primeiro confronto aconteceu em 2003, na Copa do Mundo, com o placar de 3 a 1 para os brasileiros. Em 2005 as equipes voltaram a se enfrentar, desta vez pela Copa dos Campeões, e o Brasil ganhou no sufoco, por 3 sets a 2, depois de perder os dois primeiros sets.

Dez jogadores que competem em Pequim estavam no grupo que sofreu para vencer a China em 2005: os centrais André Heller, Rodrigão e Gustavo, os pontas Giba, Murilo e Samuel, os opostos Anderson e André Nascimento, o levantador Marcelinho e o líbero Escadinha.

No retrospecto geral, a vantagem brasileira nos confrontos contra os chineses é pequena. Em doze jogos, foram sete vitórias do Brasil e cinco da China. Os asiáticos ganharam os cinco primeiros jogos, entre as décadas de 50 e 70. Depois, só deu Brasil.

Na atual temporada, a China já deu mostras de que pode complicar times considerados favoritos. Na Liga Mundial venceu a Polônia, vice-campeã do mundo. Na última rodada da primeira fase dos Jogos Olímpicos, a equipe perdeu para a Itália por 3 sets a 2, com 16-14 no tie-break.

A Itália ou a Polônia, aliás, será a adversária de quem vencer o confronto entre Brasil e China. A outra chave da fase final terá as partidas Bulgária x Rússia e Estados Unidos x Sérvia.

Para o ponteiro Dante, o Brasil não pode menosprezar ninguém no caminho, uma vez que o nível técnico dos Jogos Olímpicos está alto. "Esta Olimpíada está sendo muito mais difícil que a Olimpíada passada. Os times melhoraram um pouco", disse.

O Brasil tenta em Pequim o seu terceiro título olímpico. O país conquistou a medalha de ouro nos Jogos de Barcelona-1992 e Atenas-2004. Na China, entretanto, o time está pressionado por ter falhado na Liga Mundial realizada no mês passado no Rio de Janeiro.

"Esta seleção que está aqui foi campeã do mundo em 2006. Muito maior que a pressão externa é a pressão interna que nós mesmos nos colocamos", afirmou o meio-de-rede André Heller.

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