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17/08/2008 - 16h14

Cubo D'Água vê 25 recordes mundiais, coroa Phelps e salva EUA

Bruno Doro
Em Pequim (China)
Quando as provas de natação das Olimpíadas de Pequim terminaram, na madrugada deste domingo, os Estados Unidos somavam apenas 16 ouros no quadro de medalhas. Destes, 12 vinham da modalidade, sendo oito, de Michael Phelps.

Michael Fred Phelps II
Timoty Clary/AFP
Veja o que o fenômeno norte-americano das piscinas já conquistou nos Jogos
Nascimento: 30/06/1985, Baltimore (EUA)
Atlura: 1,95 m
Peso: 88,5 kg
Ouros olímpicos: 14
100 m borboleta (Atenas-2004)
200 m borboleta (Atenas-2004)
200 m medley (Atenas-2004)
400 m medley (Atenas-2004)
4x100 m medley (Atenas-2004)
4x200 m livre (Atenas-2004)
100 m borboleta (Pequim-2008)
200 m livre (Pequim-2008)
200 m borboleta (Pequim-2008)
200 m medley (Pequim-2008)
400 m medley (Pequim-2008)
4x100 m livre (Pequim-2008)
4x100 m medley (Pequim-2008)
4x200 m livre (Pequim-2008)
Bronzes olímpicos: 2
200 m livre (Atenas-2004)
4x100 m livre (Atenas-2004)
Nos Jogos que consagraram o fenômeno das piscinas e viram cair 25 recordes mundiais, foi só graças aos seus nadadores que, após dez dias, os norte-americanos ainda estão perto da China no quadro de medalhas.

O desempenho dos EUA na piscina do Cubo D'Água foi impressionante. Das 32 medalhas de ouro em disputa, os nadadores da terra do Tio Sam conquistaram 37% delas, sem contar as nove de prata e dez de bronze, somando 31 pódios no total. Em segundo lugar veio a Austrália, com apenas seis ouros e 20 medalhas no total.

"É um orgulho fazer parte dessa equipe. Esse é o time mais unido com o qual já nadei", declarou Phelps, após conquistar sua oitava medalha de ouro nos Jogos e quebrar a marca de Mark Spitz, dono de sete títulos olímpicos em Munique-1972.

Antes, o fenômemo já tinha quebrado a marca de mais ouros em mais de uma edição dos Jogos - ele fechou sua campanha na China com 14 no total. Além disso, se tornou o nadador com mais recordes mundiais da história, com 25 marcas individuais quebradas.

Derrubar recordes, aliás, foi algo que a piscina do Cubo cansou de ver. Foram 24 no total, sendo que as melhores marcas da história caíram mais de uma vez em três provas. Nos 100 m livre, por exemplo, o recorde trocou de dono três vezes. Somente nos Jogos de Munique-1972 (28) e Móntreal-1976 (26), em que nadadores da Alemanha Oriental competiram sob suspeita de doping, mais recordes foram quebrados.

"A piscina é rápida e os nadadores são ainda mais rápidos. Em cada prova, vimos nadadores que estarão entre os melhores de todos os tempos", arriscou teorizar Scott Spann, nadador de peito dos EUA.

"Tentam achar uma série de explicações para tantos recordes. A verdade é que os nadadores estão cada vez mais rápidos e os treinadores estão cada vez melhores", completou Alan Thompson, técnico do time da Austrália.

Além disso, a modalidade foi cheia de fatos curiosos. A norte-americana Dara Torres, por exemplo, conquistou três medalhas aos 41 anos, 24 anos depois de sua primeira vez em um pódio olímpico. Ela era 25 anos mais velha do que a mais jovem medalhista, Cate Campbell, da Austrália.

AFP
Katie Hoff (e) e Eamon Sullivan (d) saíram de Pequim sem nenhum ouro olímpico
PÁGINA OLÍMPICA DA NATAÇÃO
"Acho que sou mais velha até do que a mãe dela", brincou Torres após seu primeiro pódio ao lado da garota, no 4x100 m livre. As duas ainda dividiram o pódio nos 50 m livre, com Torres em segundo e Campbell em terceiro.

Já o australiano Eamon Sullivan e a norte-americana Katie Hoff deixam a China como os grandes perdedores dos Jogos Olímpicos. Sullivan chegou em Pequim como o nadador mais rápido do planeta, mas saiu dos Jogos sem nenhuma medalha de ouro - ao menos seus recordes mundiais dos 100 m e os 50 m livre ficaram intactos. Ele foi superado na final dos 100 m pelo francês Alain Bernard e na dos 50 m por César Cielo. Já Hoff chegou aos Jogos como o similar feminino de Michael Phelps. Nadou em seis eventos e conquistou três medalhas, nenhuma delas de ouro.

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