César Cielo, campeão olímpico dos 50 m livre, primeiro nadador brasileiro a conquistar uma medalha de ouro e primeiro atleta da delegação verde-amarela a subir ao lugar mais alto do pódio nas Olimpíada de Pequim, não vê a hora de voltar para casa e nadar de novo. Desta vez, porém, os companheiros de piscina não serão Michael Phelps ou Alain Bernard, mas seus cachorros, um labrador e uma sheepdog.

"Olha só. Não é para rir. Os nomes dos meus cachorros são Totó e Cookie", diz o medalhista olímpico, encabulado. "Estou com saudades de casa, da família, dos amigos, dos cachorros", conta o nadador.

Natural de Santa Bárbara D'Oeste, ele deixou a cidade cedo, para treinar no Pinheiros, em São Paulo, e depois na pequena cidade de Auburn, no interior dos Estados Unidos. Sempre que volta para casa, porém, seus cachorros já sabem.

"Sempre que eu chego, eles sabem que é hora de nadar. O labrador é velocista. Cansa rápido também", diz Cielo, que admite que a vida de atleta olímpico é árdua e cansativa. "Nos últimos anos, eu passei muito tempo nos Estados Unidos. Foi um período de dedicação, em que desisti de bastante coisa", lembra o nadador.

Agora, porém, ele voltará para casa como campeão olímpico. E já prevê que o assédio será maior. "O assédio vai ser a coisa mais gostosa agora. A parte fácil, de ter de deixar algumas coisas para trás, já passou. Acho que se eu estava pronto para conquistar uma medalha de ouro olímpica, estou preparado para o assédio que vem com ela".

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