Os japoneses Asahi e Shiratori já estão fora das Olimpíadas de Pequim, mas foram importantíssimos na campanha de Márcio e Fábio Luiz nos Jogos Olímpicos. Os brasileiros venceram os nipônicos neste sábado por 2 sets a 0, mas tomaram um susto no primeiro set que servirá para o restante da competição.

A tática dos orientais, de forçar o jogo em Márcio e evitar o ataque de Fábio Luiz, funcionou muito bem até final do primeiro set. "Foi até bom, porque estava sem ritmo. Vinham sacando bastante em cima do Fábio Luiz e eu só levantando, levantando. Estava apreensivo quando me fizeram jogar", admitiu o brasileiro.

Segundo o cearense, a força do bloqueio do companheiro fez a diferença. "Começamos a ganhar quando o Fábio começou a matar no bloqueio. Quando fizemos 20 a 20 no primeiro set, aí eu disse que ninguém mais ganhava de nós", completou Márcio.

Apontado como grande nome do jogo, Fábio Luiz comentou a tática japonesa, de sacar apenas no companheiro. "Para mim, a melhor tática seria que eles sempre sacassem para fora. Mas como isso não é possível, acho que prefiro quando eles variam mais. Assim ninguém sai do jogo", disse o gigante de 2,04 m.

Para ele, as táticas contra os brasileiros devem, agora, ficar ainda mais elaboradas. "É como meu técnico diz. É um jogo de gato e rato. O mais malandro vai vencer", prevê Fábio.

"Jogos assim são importantes para vermos que todos que estão aqui são fortes. Não davam nada para o Japão e eles quase venceram o primeiro set. Vai saber o que fariam se estivessem em vantagem? Por isso, é bom levar uns sustos. Para mim, foi bom sair um pouco só do levantamento, mecanizar um pouco o ataque, que vai ser importante nas próximas partidas", concluiu Márcio.

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