Não existe sentimento de medo do lado de Camarões para a partida contra o Brasil nas quartas-de-final do torneio olímpico masculino de futebol dos Jogos de Pequim. Pelo contrário, os adversários africanos exibiram discurso de otimismo até exagerado a dois dias do confronto do próximo sábado, em Shenyang.

Nesta quinta, após o treino em campo anexo do estádio Olímpico de Shenyang, os camaroneses se empolgaram com a presença da imprensa brasileira e aproveitaram para entoar tom de provocação aos adversários das quartas-de-final.

"Vou marcar dois gols contra os brasileiros. Um não é o suficiente", declarou o atacante Serge Ngal, com seu característico e chamativo cabelo louro.

"Acho que o Brasil joga mais tecnicamente. Nós jogamos mais fisicamente, somos mais fortes. Acho que isso pode ser importante", completou o atacante, que joga no União Leiria, de Portugal, e se comunica com desenvoltura em português.

O mesmo tom pôde ser detectado nas palavras do técnico Martin Ndtougou, figura que integrava a comissão técnica de Camarões nos Jogos de Sydney, em 2000, quando a equipe africana eliminou o favorito Brasil justamente nas quartas-de-final.

"Não existe medo. Vamos jogar para cima do Brasil. Não vamos nos defender. Evoluímos muito tecnicamente nos últimos anos e confiamos no nosso potencial. É possível derrotar o Brasil", declarou o treinador.

Ao contrário do Brasil, Camarões se classificou com dificuldades para a fase eliminatórias dos Jogos de Pequim, com a segunda colocação do grupo D, em campanha de uma vitória (Honduras) e dois empates (Coréia do Sul e Itália).

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