UOL Olimpíadas 2008 Notícias

12/08/2008 - 15h24

Brasil tem sua primeira chance de quebrar jejum de medalhas na ginástica

Lello Lopes
Em Pequim (China)
A ginástica artística nunca rendeu medalhas ao Brasil na história dos Jogos Olímpicos. Nesta terça-feira, às 23h00 (horário de Brasília), o país tem a sua primeira chance de quebrar a escrita em Pequim.

Reuters
As meninas da ginástica artística têm a chance de uma conquista inédita...
AP
... podem faturar a primeira medalha para o Brasil no individual, ou nas equipes
DAIANE ESPERA TER MELHOR SORTE
MAIS FOTOS DA EQUIPE BRASILEIRA
Jade Barbosa, Daniele Hypólito, Laís Souza, Daiane dos Santos, Ana Cláudia Silva e Ethiene Franco disputam a final por equipes no Ginásio Nacional, na primeira das cinco decisões que a delegação fará até domingo.

Depois da disputa por equipes, o Brasil tentará medalhas no individual geral feminino (com Jade e Ana Cláudia), no salto feminino (com Jade), no solo feminino (com Daiane) e no solo masculino (com Diego).

"Pelo menos uma medalha deve vir, com certeza. Vamos torcer para que seja uma no feminino e outra no masculino", disse Eliane Martins, supervisora da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG).

O mais perto que o Brasil chegou de uma medalha olímpica na ginástica artística foi o quinto lugar de Daiane dos Santos no solo em Atenas-2004. Agora, há chances reais de pódio, principalmente com Diego Hypólito, bicampeão mundial no solo.

Na prova por equipes, a esperança de medalha é pequena. O Brasil se classificou para a decisão com 233,800 pontos, na sétima colocação. A China liderou as eliminatórias, com 248,275 pontos. Estados Unidos e Rússia ficaram na seqüencia.

"Acho que a gente pode ficar em quarto ou em quinto lugar", analisou Eliane. De qualquer forma, o resultado já é o melhor da história do Brasil. Em Atenas, a equipe terminou as Olimpíadas na nona posição.

Nas eliminatórias, o Brasil poderia ter se saído ainda melhor. Depois de boas apresentações no solo, salto e barras assimétricas, a equipe teve um desempenho desastroso na trave.

Após a apresentação brasileira, a veterana Daiane dos Santos reuniu as atletas para uma conversa séria. "Eu disse que as meninas que erraram a trave precisam acertar na final", contou a atleta.

A final tem um regulamento um pouco diferente das eliminatórias. Enquanto na fase de classificação cinco ginastas competiam, com os quatro melhores resultados sendo computados, na decisão apenas três atletas competem por aparelho, com todos os resultados válidos.

Na briga por medalhas por equipes, o Brasil vai começar a rotação onde mais gosta, no solo. Depois a seleção passará pelo salto, as barras e, finalmente, a trave de equilíbrio.

Compartilhe: