O desempenho de Michael Phelps nesta edição dos Jogos Olímpicos, em Pequim, já totalizando três ouros e objetivando somar outros cinco à sua coleção é, em parte, um reflexo de uma antiga derrota. Neste quarto dia da natação, o nadador norte-americano redimiu o terceiro lugar que teve nos 200 m livre de Atenas.
Se na Grécia ele ficou apenas com o bronze, perdendo para o australiano Ian Thorpe e o holandês Pieter van den Hoogenband, no Cubo d'Água, sede chinesa da modalidade, ele liderou a prova com facilidade. Além da medalha de ouro, bateu o recorde mundial, seu 24º na carreira, superando marca histórica de Mark Spitz.
"Eu odeio perder", admitiu o nadador de 23 anos após sua terceira vitória. "E ter ficado em terceiro nos 200 m livre... Quando eu perco em uma prova como aquela e em circunstâncias como a que estava, isso me motiva ainda mais para tentar nadar ainda mais rapidamente".
Phelps mostra que aprendeu com o resultado em Atenas, quando podia ter igualado as sete medalhas de ouro em apenas uma edição dos Jogos, como Spitz fez em Munique-1972. Naquela ocasião, ele tropeçou.
"Acho que nos últimos quatro anos eu consegui melhorar significativamente nos 200 m livre", admitiu o recordista, que segue caminhando calmamente rumo ao seu objetivo. "Eu não poderia ter pedido por mais nada nessas três primeiras buscas por medalha. Consegui tudo o que tentei até aqui".
Além dos 200 m livre, Phelps venceu até aqui os 400 m medley e o revezamento 4x100 m livre. Ele ainda disputa cinco ouros para tentar bater a marca de Spitz. Na noite desta terça-feira, às 23h21 (horário de Brasília), ele faz a final dos 200 m borboleta e pode se tornar o único atleta na história com dez ouros olímpicos.