UOL Olimpíadas 2008 Notícias

12/08/2008 - 15h00

Equipes pouco competitivas marcam o adeus do beisebol do programa olímpico

Do UOL Esporte
Em São Paulo
O beisebol, que faz a sua estréia com Taiwan e Holanda, no Estádio de Wukesong, nesta terça-feira, às 23h30, se despede do programa olímpico em Pequim. Eliminado pelo Comitê Internacional, o COI, esta edição será a última aparição do esporte, que já começou seu lobby para voltar ao quadro dos Jogos de 2016, já que para 2012 sua exclusão já foi oficializada.

O esporte que conta com dois times de nove jogadores que se revezam na defesa e no ataque, se despede diante da baixa popularidade e da falta de países que se interessam pela modalidade. O Brasil, por exemplo, nunca obteve vaga para uma Olimpíada.

Na disputa pelo último ouro, os cubanos, tricampeões olímpicos em Barcelona, Atlanta e Atenas, além de prata em Sydney, e os norte-americanos, ouro em Sydney, são os favoritos.

Em Sydney, quando foi permitida a participação de profissionais nas Olimpíadas, apenas três norte-americanos que atuavam nas ligas menores, mas com passagens pelas grandes, quiseram participar dos Jogos. O veterano Pat Borders, 37, ex-Toronto e MVP (Most Valuable Player) -jogador mais valioso- das finais da World Series de 1992, Shawn Gilbert, ex-Los Angeles e Tony Sanders, ex-Seattle.

A falta de astros se deve, principalmente, porque, impossibilitados pelo calendário, os atletas preferem disputar o MLB, Major League Baseball, a liga profissional de beisebol dos Estados Unidos, maior evento na modalidade, do que os Jogos.

Como os países optaram por levar ás Olimpíadas equipes muito abaixo da média, a modalidade acaba tendo pouco público, além de manter-se pouco competitiva. Um exemplo claro de descaso aconteceu com a seleção dos Estados Unidos que, além de ter apenas uma medalha de ouro no esporte que é recorde de audiência em seu país, não conseguiu qualificar-se para os Jogos Olímpicos Atenas, em 2004.

Inflexíveis, os organizadores da MLB se recusam a trocar o calendário do torneio, mesmo sendo a favor de manter o esporte no quadro olímpico, de olho em um novo mercado internacional.

Enquanto o técnico cubano, Antonio Pacheco, está otimista e se considera favorito à última medalha de ouro em Pequim, o técnico norte-americano Davey Johnson não convocou os melhores jogadores de seu país devido ao MLB, que acontece no mesmo período ao das Olimpíadas.

As seleções do Japão e Holanda também têm chances de faturar alguma medalha na modalidade, ao lado da Coréia do Sul, que foi bronze em Sydney e aposta no Lee Seung-Yeop, um dos maiores astros do país, para retornar ao pódio das Olimpíadas de Pequim. Seung-Yeop já anotou 300 home runs (mandar a bola fora do estádio) na liga profissional.

O jogo mais esperado será entre Estados Unidos e Cuba, que acontece na próxima sexta-feira, 15 de agosto, no Estádio de Wukesong, às 0h30 (horário de Brasília).

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