Com a nítida preocupação de evitar que a vitória por 5 a 0 sobre a Nova Zelândia contagie de entusiasmo o ambiente da seleção, o técnico Dunga tratou de fincar os pés no chão logo após o segundo triunfo da equipe olímpica nos Jogos de Pequim, na melhor apresentação do Brasil em muito tempo.

O treinador felicitou sua equipe pela goleada sobre os neozelandeses, mas minimizou o feito, com discurso de seriedade.

"Fizemos tudo que tínhamos nos propostos a fazer nos treinos. Sempre é bom ganhar de um placar elástico. Mas não podemos nos enganar. Às vezes vale mais uma vitória sofrida e trabalhada por 1 a 0, eu prefiro", argumentou Dunga logo após o triunfo de domingo na cidade de Shenyang.

O comandante da seleção ainda afirmou que, apesar da goleada repleta de lances de entretenimento, comandados por um inspirado Ronaldinho Gaúcho, o norte de sua equipe seguirá sendo o trabalho sério.

"Desde que eu entrei, falei que a seleção teria a cara do povo brasileiro. Um povo que é criticado, mas é trabalhador resolve. É uma recompensa também para esses jogadores, que estão há 20 dias trancados dentro de hotéis", declarou.

Depois de golear a Nova Zelândia por 5 a 0 no último domingo, a seleção desembarca nesta segunda-feira na cidade de Qinhuangdao, onde enfrenta a China na última rodada da primeira fase na próxima quarta.

Com duas vitórias (1 a 0 na Bélgica e 5 a 0 na Nova Zelândia), a seleção de Dunga assegurou de forma antecipada a classificação às quartas-de-final do torneio olímpico do futebol. Contra os chineses, o Brasil colocará em campo apenas o objetivo de terminar em primeiro lugar do grupo C. Para isso, basta um simples empate com os anfitriões dos Jogos.

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