Enterrados há mais de dois mil anos para proteger o túmulo do primeiro imperador chinês, Qin Shi Huang, o exército de terracota de Xi'an carregava arcos, espadas e lanças. Na terra das esculturas de guerreiros milenares, porém, os arqueiros olímpicos estão encontrando dificuldades para manejar o arco usado com destreza pelos guerreiros chineses na antigüidade.

Neste sábado, na primeira eliminatória das provas de tiro com arco das Olimpíadas de Pequim, o calor prejudicou muito os concorrentes. Que o diga o gaúcho Luiz Gustavo Trainini. Acostumado ao clima mais frio do sul brasileiro, ele estranhou a temperatura da capital chinesa.

"Aqui é muito quente, muito abafado, muito úmido e todo mundo está notando isso. É um clima que, para atirar, fica pesado. A mão sua muito, escorrega do punho do arco. Além disso, um monte de fatores acaba prejudicando na hora de atirar", explicou o brasileiro.

Neste sábado, Trainini e os outros arqueiros enfrentaram mais de 30 graus enquanto disputavam o round de qualificação do torneio masculino de tiro com arco. O gaúcho não foi bem, terminando em 61º lugar - na primeira rodada eliminatória, ele terá de enfrentar o quarto colocado do dia, o coreano Kyung-mo Park.

Sobre os guerreiros

Os Guerreiros de terracota foram encontrados na cidade de Xi'an, na província de Shaanxi. Foram descobertos em 1974 por camponeses que escavavam um poço. Desde então, foram encontradas mais de 10 mil esculturas de barro em tamanho natural de um exército com arqueiros, cavalaria, cocheiros e soldados armados com lanças e espadas.

Com informações do How Stuff Works