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09/08/2008 - 16h31

Em xeque, Brasil começa luta para manter o reinado no vôlei masculino

Lello Lopes
Em Pequim (China)
Nos últimos sete anos, o nome do Brasil no vôlei masculino foi sinônimo de título. Campeão olímpico em Atenas-2004, bicampeão mundial, seis vezes campeão da Liga e campeão pan-americano, o time comandado por Bernardinho ganhou aura de imbatível.

Antonio Lacerda/EFE
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Mas bastaram apenas duas derrotas para que a equipe fosse colocada em xeque. Os tropeços diante de Estados Unidos e Rússia pela Liga Mundial no Maracanãzinho lotado, aliados a problemas fora da quadra, trouxeram a equipe de volta à realidade.

"Os adversários acreditam mais do que nunca que podem bater o Brasil", disse o técnico Bernardinho assim que chegou a Pequim para a disputa dos Jogos Olímpicos. "Mas nós temos uma missão a ser cumprida", completou o treinador.

Em Pequim, a seleção tem a chance de provar que ainda se mantém no topo. O primeiro passo dessa caminhada será dado neste domingo, às 3h30 (de Brasília), contra o frágil Egito. Depois, o time encarará pedreiras: Sérvia, Rússia, Polônia e Alemanha.

A seleção deve entrar em quadra com os pontas Giba e Dante, os centrais Gustavo e Rodrigão, o levantador Marcelinho, o oposto André Nascimento e o líbero Escadinha.

A preparação, entretanto, foi marcada por uma ríspida discussão entre o técnico Bernardinho e o meio-de-rede Gustavo. O treinador tratou logo de minimizar o fato.

"A repercussão foi maior do que deveria ser. Mas, enfim, é normal. Isso é resultado da popularidade da história. Não houve nada de novo, nada de anormal, tudo dentro da rotina do que a gente sempre fez", disse o treinador.

Mas a situação vivida pelo Brasil se reflete no tratamento dado à equipe. Em Atenas-2004, Bernardinho foi convidado a dar palestras a outras equipes da delegação brasileira. Em Pequim, até agora não foi chamado. "As pessoas viram que eu não tenho uma varinha de condão", reconhece.

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