08/08/2008 - 10h54
Dunga rebate temor da seleção em série contra 'gigantes' na China
Bruno Freitas
Em Shenyang (China)
Depois de superar os 'grandalhões' da Bélgica na estréia das Olimpíadas, a seleção brasileira de futebol encara em sua segunda partida nos Jogos de Pequim a equipe da Nova Zelândia, cuja média de estatura é ainda maior do que a dos adversários do primeiro jogo.
Mesmo assim, o técnico Dunga descartou direcionar os dias que antecedem o jogo de domingo na cidade de Shenyang para trabalhar o fundamento. O treinador da seleção masculina afirmou que o desempenho de seu time em bolas pelo alto contra os belgas lhe oferece confiança para esse tipo de duelo.
"Esse negócio de que brasileiro não gosta de jogo aéreo é mito. Hoje todos os nossos jogadores se dão bem e vão para a Europa com essa virtude", declarou Dunga.
"Perdemos só uma bola em 90 minutos de jogo contra a Bélgica", emendou o treinador após o treino desta sexta-feira.
Na estréia, o Brasil enfrentou um time com sete jogadores com mais de 1,80 m, com destaque para o zagueiro Kompany, de 1,91 m.
Pelos neozelandeses, deverão ser oito titulares maiores que 1,80 m no confronto de domingo em Shenyang pela segunda rodada.
Questão do jogo por cima à parte, o técnico brasileiro ainda reservou palavras de elogio ao próximo adversário das Olimpíadas, fazendo questão de tirar a Nova Zelândia da ala das equipes meramente 'aéreas'.
"Eles me surpreenderam. Jogam forte pelo alto também, como os belgas, mas têm mais capacidade técnica, sabem jogar pelo chão", analisou o treinador brasileiro, com base no empate da Nova Zelândia na estréia com a China.
Após a primeira rodada do torneio masculino de futebol, o Brasil lidera o grupo C com três pontos ganhos, dois a mais em relação à Nova Zelândia e à China, que empataram na estréia. A Bélgica ainda não pontuou. As duas melhores equipes da chave avançam às quartas-de-final após o encerramento da primeira fase.