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08/08/2008 - 01h27

Vento fraco em Qingdao preocupa equipe brasileira de vela

Marcos Jorge
Em São Saulo
Nem os adversários, nem as algas. Na opinião do bicampeão olímpico Robert Scheidt e da equipe de vela do Brasil, a maior dificuldade na disputa pela medalha nos Jogos Olímpicos será o vento. Ou a falta dele, conforme declararam em entrevista coletiva concedida pela internet nesta sexta-feira, em Pequim.

Antonio Gauderino/Folha Imagem
Scheidt (d) e parceiro Bruno Prada estão preocupados com a ausência de ventos
SENSAÇÃO DE SCHEIDT NA ABERTURA
PERFIL DE BRUNO PRADA
PERFIL DE ROBERT SCHEIDT
CALENDÁRIO DA VELA
Ao lado do parceiro Bruno Prada, Scheidt afirmou estar satisfeito com a estrutura olímpica, mas que os ventos poderiam ser mais fortes. "A raia é muito boa, a estrutura é fantástica, o único ingrediente que poderia ser melhor é o vento, mas isso está na mão de Deus e não dos organizadores", afirmou o atleta, às vésperas de seu quarto Jogos Olímpicos.

Para Walter Boddener, técnico da vela, essa característica do clima é fundamental para a preparação dos velejadores no decorrer da prova. "A raia tem características de ventos fracos e correnteza muito forte. Esses dados são importantes de passar para os velejadores para que os atletas saibam se posicionar na raia e possam escolher qual estratégia tomar na prova", afirmou.

Diante da adversidade do clima, a dupla brasileira da classe star vem se preparando para não ser surpreendida. "Por conta dos ventos fracos, a gente teve que aprimorar algumas manobras que não tínhamos tanto domínio", declarou Scheidt. Para o porta-bandeira da delegação brasileira, a condição do tempo deixa a competição de vela aberta "Acho que vai ter muita surpresa nessas Olimpíadas pois só as duplas da Suíça e da Inglaterra têm um barco preparado para o vento fraco", declarou.

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