UOL Olimpíadas 2008 Notícias

29/07/2008 - 07h35

Zé Roberto compara times de 2004 e 2008 e faz previsões para 2012

Paula Almeida
Em Barueri (SP)
Fernanda Venturini, Walewska, Valeskinha (então meio-de-rede), Virna, Érika, Mari (oposta naquela ocasião) e Arlene. Esse era o time base da seleção feminina de vôlei nos Jogos de Atenas-2004, quarta colocada após as indigestas derrotas para Rússia e Cuba na semifinal e na disputa pelo bronze, respectivamente. Para Pequim-2008, José Roberto Guimarães leva um grupo cuja titularidade absoluta é restrita a poucas atletas e o favoritismo é amplo. Não à toa, o técnico vê este combinado com maior qualidade do que aquele de quatro anos atrás.

Rafael Andrade/Folha Imagem
Para Zé Roberto, equipe de Pequim-08 tem mais qualidade que aquela de Atenas-04
ANSIEDADE ANTES DOS JOGOS
TÉCNICO NEGA FAVORITISMO
SELEÇÃO FAZ ÚLTIMOS TREINOS
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Das titulares que estavam em Atenas, restaram apenas as centrais Walewska e Valeskinha, que hoje atua como ponteira, e a oposta Mari, que também mudou para a entrada da rede. Permaneceram ainda as reservas Fofão, Fabiana e Sassá. Todas as outras seis (Paula Pequeno, Jaqueline, Thaísa, Sheilla, Carol Albuquerque e Fabi) vão à China disputar sua primeira olimpíada.

"Esse grupo é melhor do que o de 2004, é mais versátil. Para esse ciclo, a gente procurou jogadoras mais versáteis", diz Zé Roberto.

O técnico usa como exemplo a maior variedade de ponteiras, posição em que o Brasil teve carência nas Olimpíadas de Atenas. "Em 2004, a Paula e a Jaqueline tiveram contusões e não puderam ir, nós ficamos com três ponteiras, a Érika, a Virna e a Sassá. Agora temos cinco [Paula, Sassá, Jaqueline, Mari e Valeskinha]", exemplifica o treinador, lembrando que Mari e Valeskinha podem atuar em duas posições.

E Zé Roberto não se limita a comparar seleções do passado, ele já prevê o que vem pela frente. Na opinião do treinador, o vôlei feminino brasileiro terá potencial ainda maior nos Jogos de 2008, já que grande parte do grupo atual deverá ser mantido. O técnico aponta, apenas, qual será a principal carência brasileira daqui a quatro anos.

"Para Londres, a gente vai estar bem servido, menos em relação às levantadoras", aposta Zé Roberto. "A Fofão é titular agora, aos 38 anos. Para uma levantadora, quanto mais velha, melhor. O nosso time tem muita velocidade. Precisa de uma levantadora que tire o máximo desse motor. Jogadoras como a Dani Lins, a Ana [Tiemi] e a Fabíola ainda precisam cumprir muitas etapas de amadurecimento".

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