Ele chegou a Curitiba em 2001, colocou o Brasil no mapa da ginástica artística mundial e agora, sete anos depois, Oleg Ostapenko pode estar de malas prontas para deixar o país. Na tentativa de impedir o fim deste que foi o ciclo olímpico mais bem sucedido da ginástica brasileira, o Ministério do Esporte acena com um auxílio financeiro para manter o "guru" ucraniano.
Em entrevista à
Folha de São Paulo, Djan Madruga, secretário de alto rendimento do ministério comentou os esforços da pasta em segurar o técnico no Brasil. "Vamos ver como o ministério pode ajudar, inclusive com aporte financeiro. O Oleg manifestou que pretende permanecer no Brasil, o que é um ponto positivo".
Madruga esteve em Curitiba para visitar o Centro de Treinamento da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), onde conversou com o "guru". Oleg, cujo contrato com a confederação termina após as Olimpíadas de Pequim, confirmou a conversa. "Nós [eu e Madruga] conversamos mas foi muito pouco. Não chegamos ainda a nenhuma decisão", declarou o técnico.
Para o ministério, dois pontos são importantes para a preparação do próximo ciclo olímpico. O técnico Oleg e a manutenção de uma seleção permanente. Com o mandato da atual presidente Vicélia Florenzano quase no fim, cabe ao próximo presidente a responsabilidade de manter o técnico e a estrutura da equipe. "É difícil a curto prazo que outro CT seja montado e a seleção tenha continuidade. Não será em seis meses que se montará estrutura igual. Há o risco de o próximo ciclo olímpico ser bem menor", afirma a presidente.
As eleições na CBG acontecem em dezembro deste ano. Dessa forma, Madruga quer convidar os dois candidatos à presidente para uma conversa e fazer consultas ao Comitê Olímpico Brasileiro, que apóia as seleções permanentes.