UOL Olimpíadas 2008 Notícias

24/07/2008 - 13h22

Bassul aposta em mudança pós-Iziane para surpreender em Pequim

Fernanda Brambilla
Em São Paulo
"Acima de todos 'por um pouquinho', estão os Estados Unidos, seguidos de Rússia (campeã européia) e Austrália (campeã mundial). Logo atrás vem o Brasil, embolado com outras seis equipes." Na análise do técnico Paulo Bassul, esse é o cenário do basquete feminino nas Olimpíadas de Pequim. Por isso, antes de sonhar com um resultado melhor do que o quarto lugar de Atenas-2004, a seleção mira a difícil fase de grupos. Para o treinador, a reformulação após a saída da ala Iziane pode ser a solução para surpreender rivais.

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    Técnico Paulo Bassul aposta em novo esquema de jogo para surpreender rivais

    "Se a saída da Iziane foi uma grande perda inicialmente, hoje podemos dizer que é uma vantagem. Sem uma jogadora alta como ela na ala, tivemos que repensar a equipe", afirmou Bassul. "Os nossos jogos que as equipes filmaram no Pré-Olímpico não vão valer muita coisa. Nosso esquema de jogo mudou com a entrada de outras jogadoras. Entre os treinadores, vejo que mal falam no Brasil, e isso é muito bom. Se não nos temem, vamos surpreender."

    No grupo A, o Brasil terá a companhia das potências Rússia e Austrália, mas também Belarus, Coréia e Letônia. Esses três últimos, jogos para vencer. "Passando por Belarus, Coréia e Letônia, poderemos ter sorte mais à frente no torneio, e poderemos pegar, por exemplo, a Espanha. E quem já venceu a Espanha em casa, vence fora", confia Bassul, que vê na Letônia a "pior" adversária, apesar da recente derrota para Belarus no Pré-Olímpico de Madri.

    "Com Érika e Kelly no garrafão a equipe vence Belarus sem problemas", aposta o treinador brasileiro. "Acho que Letônia será nossa maior dificuldade."

    Entre as principais mudanças está a volta da veterana Adrianinha, que divide a função de armadora com Claudinha. "É muito bom tê-la de volta, ainda mais porque sei que as jogadoras a respeitam e confiam no trabalho dela", disse Claudinha que, sem Adrianinha, teve a companhia da novata Natália no Pré-Olímpico de Madri.

    "Agora, teremos sempre duas jogadoras em quadra entre Karen, Karla, Adrianinha e Claudinha, o que já muda muito a cara da equipe", destacou Bassul. Fernanda, que esteve com a seleção no Pré-Olímpico das Américas, volta no lugar de Iziane, e o treinador também terá Micaela, que se também recupera de lesão, e Chuca na ala.

    Karen, que estava escalada para o Pré-Olímpico mas desfalcou o time após sofrer uma lesão no joelho, está recuperada da cirurgia. "Não vejo a hora de começar", disse.

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