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19/07/2008 - 11h20

Grego concorre à reeleição em 2009 e diz ter trabalho para concluir

Giancarlo Giampietro
Em Atenas (Grécia)
O presidente da CBB (Confederação Brasileira de Basquete) Gerasime Bozikis, o Grego, presenciou em sua cidade natal, Atenas, a terceira exclusão consecutiva da seleção masculina da disputa das Olimpíadas. A decepção da derrota, no entanto, não tira sua motivação de seguir no cargo. No ano que vem, ele concorre à reeleição da entidade.

Divulgação/CBB
Apesar da desclassificação do masculino, Grego faz campanha para reeleição
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MONCHO PEDE NACIONAL FORTE
Derrotada pela Alemanha, nas quartas-de-final do Pré-Olímpico, nesta sexta, a delegação nacional segue na Grécia até terça-feira. O dirigente volta ao país na segunda. Com a frustração de mais uma derrota na seletiva. Desde que foi eleito em 1997, o dirigente ainda não viu o time disputar uma edição dos Jogos - a última foi Atlanta-1996, ainda com a geração de Oscar Schmidt em ação.

"Claro que penso em 2009, ainda tem muito que se fazer. Vou ser candidato, e faltam coisas para terminar. Isso não depende dos resultados", afirmou Bozikis, neste sábado.

As eleições da entidade estão programadas para maio do ano que vem, ainda sem data exata definida. Grego concorre ao seu quarto mandato. "Não se mede o trabalho de uma administração pelas Olimpíadas", afirmou.

Apesar de descartar os resultados da seleção como um medidor de eficiência, o dirigente lembrou as conquistas continentais da equipe durante a entrevista. Também destacou o fato de que a equipe feminina - que não dispõe de alguns privilégios da masculina, como viagem em classe executiva, por exemplo - competiu nas últimas edições dos Jogos, levando o bronze em Sydney-2000 e o quarto lugar em Atenas-2004. Está novamente classificada para Pequim-2008.

O presidente da CBB aponta a suposta expansão da modalidade pelo país como um trunfo de sua gestão. "Todos os Estados estão jogando basquete e conseguimos vencer a dificuldade de um país do tamanho de um continente."

Como fator crucial para a eliminação em Atenas, onde três vagas estavam em jogo, Grego apontou os desfalques do time dirigido pelo técnico Moncho Monsalve - da convocação inicial, seis atletas não se apresentaram, incluindo o trio brasileiro da NBA formado por Leandro Barbosa, Anderson Varejão e Nenê.

"Sorte é detalhe de quem trabalha. Mas não ficamos fora dessa por isso. Tivemos as ausências, e fica a frustração. Agora, temos ido sempre com o feminino, continuando com chances de pódio, o que pouco se fala. Creio que nesses 11 anos muito tem mudado. O trabalho tem de continuar", completou.

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