Representantes brasileiros na classe Star nas Olimpíadas de Pequim, Robert Scheidt e Bruno Prada embarcam neste domingo para a China, onde realizarão um treino de aclimatação antes do início dos Jogos. Na busca por uma medalha, entretanto, a dupla decidiu não seguir a linha de Torben Grael e levará um barco sem inovações para Qingdao, palco das regatas.
"Estamos indo com a maioria dos equipamentos standard. Não temos nenhuma novidade. Se você escolhe um barco com alguma coisa especial para alguma situação, acaba perdendo em outras. Com as atuais condições da China, não podemos arriscar nada. Então, estamos levando um barco que será bom em todas as situações", afirmou o proeiro Bruno Prada
O modelo da embarcação, fabricada pelo estaleiro italiano Lillia, também será utilizada por outras dez parcerias em Pequim. O barco dos brasileiros ainda está na alfândega e chegou a ter problemas em uma medição prévia, realizada em maio, na Holanda. Por conta disso, voltou ao estaleiro para reparos. Agora, segundo Scheidt e Prada, está tudo certo com o barco.
"Não estamos com o barco mais rápido em nenhuma situação, mas temos um barco competitivo em todas elas. A dupla da Suíça [Flávio Marazzi e Enrico Demaria], por exemplo, tem muita velocidade no vento fraco. Mas, tecnicamente, não são os melhores. No evento teste que fizemos no ano passado, no mesmo local onde serão as provas dos Jogos, eles levaram vantagem em boa parte da disputa, mas acabamos vencendo", analisou Scheidt.
Em 2004, Torben Grael e seu proeiro, Marcelo Ferreira, não eram os favoritos para conquistar o ouro nas Olimpíadas de Atenas. No entanto, os brasileiros apostaram em um barco recheado de inovações tecnológicas e, desta forma, surpreenderam o mundo conquistando o título na Grécia.