Ronaldinho Gaúcho chegou nesta quarta-feira à Itália, para sua apresentação oficial ao Milan, e recebeu uma boa notícia logo de cara: sua liberação para os Jogos Olímpicos de Pequim.
A permissão foi confirmada pelo próprio vice-presidente do clube italiano, Adriano Galliani, em entrevista ao site oficial milanista. Segundo o dirigente, a liberação acontecerá porque o brasileiro acabou de chegar à equipe italiana. Caso estivesse no time há mais tempo, sua participação nas Olimpíadas não seria permitida.
"Nós respeitamos o empenho que ele demonstrou [em ir aos Jogos] antes de ter acertado sua transferência ao Milan. Se ele já fosse atleta
rossonero, não seria liberado por nós. Mas como se juntou ao nosso elenco na última semana, então o deixaremos ir às Olimpíadas", explicou Galliani.
O dirigente ainda comentou a polêmica forma física do meia-atacante. "Ele está magro e, em forma, tem muita vontade de demonstrar sua capacidade. Ele abdicou de muito dinheiro para ficar conosco", disse Galliani que confirmou o fim do ciclo de contratações do Milan após a negociação com Ronaldinho Gaúcho.
O técnico do Milan, Carlo Ancelotti, ressaltou que a participação de Ronaldinho na competição o ajudará a recuperar sua melhor forma física. "Será uma oportunidade de ele encontrar suas melhores condições. Quando ele retornar, estará pronto. Será só o tempo de inseri-lo em nosso programa", completou o treinador.
O jogador brasileiro afirmou ao
Milan Channel que está "satisfeito" com a transação e "espera que todos os torcedores do clube se divirtam com suas jogadas". "Tinha muito desejo de ir para Milão. Aconteceram tantas coisas, mas finalmente sou
rossonero, falou Ronaldinho.
O proprietário do Milan, Silvio Berlusconi disse que a contratação de Ronaldinho é uma maneira de retribuir "o incrível amor dos torcedores pelo clube". "Eu gastei muito, mas fiz isto por nossos torcedores. Eles merecem".
A liberação de Ronaldinho por parte do Milan vai ao encontro do que a Confederação Brasileira de Futebol já previa. Na noite de terça-feira, ciente da confirmação da transferência do meia ao futebol italiano, a entidade declarou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o novo clube de Ronaldinho deveria tomar postura diferente daquela adotada em relação a Kaká, que não foi liberado. Isso porque os dois atletas atravessam momentos distintos.
Dessa maneira, o melhor jogador do mundo em 2004 e 2005 será o segundo representante do Milan na seleção brasileira em Pequim. Além dele, o clube também permitiu a participação do atacante Alexandre Pato, respeitando, nesse caso, a obrigatoriedade imposta pela Fifa quanto à liberação de atletas com idade inferior ou igual a 23 anos.
*Atualizado às 16h03