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11/07/2008 - 08h11

Fama recente não empolga Thomaz Bellucci para as Olimpíadas

Antoine Morel
Em São Paulo
Com 20 anos, Thomaz Bellucci já demonstrou e declarou que considera um sonho chegar aos Jogos Olímpicos. Com uma ascensão meteórica na temporada, subindo mais de 100 posições no ranking, o tenista brasileiro não espera que sua fama recente lhe dê alguma vantagem em Pequim.

Antoine Morel/UOL
Thomaz Bellucci nesta quinta, em entrevista. Ele evita a fama e comparação
Divulgação
Guga no meio dos nadadores Fernando Scherer (esq) e Gustavo Borges (direita)
PERFIL DO TENISTA
TENISTA NÃO SE COMPARA A GUGA
Perguntado se sentiria uma estrela ao lado de astros já reconhecidos no Brasil, como Giba, da seleção de vôlei, ou Michael Phelps, nadador norte-americano, Bellucci minimizou a sua popularidade agora que é o número um do Brasil.

"Perto deles não sou nada. Nunca estive lá (Jogos), mas vai ser legal ficar na vila olímpica", afirmou o tenista, que terá ao seu lado o técnico Léo Azevedo dentro da vila.

Há oito anos, o também tenista Gustavo Kuerten ia para os Jogos Olímpicos de Sydney como um dos melhores do mundo e cheio de fama. Mesmo assim, fez o papel de tiete. Tirou foto ao lado dos principais atletas nacionais e ainda viu a final dos saltos no hipismo com Rodrigo Pessoa.

Bellucci sabe que precisa melhorar para chegar ao nível de Guga e despreza qualquer comparação com o ídolo, que em Jogos nunca passou das quartas-de-final, justamente em Sydney, onde caiu contra o russo Yevgeny Kafelnikov.

"Nem penso nisso [de ser comparar a Guga]. É inevitável para as pessoas. Todo mundo acha que vai existir um novo Guga. Quando surge um novo cara, todo mundo fica em cima, mas minha carreira é muito diferente da dele", afirmou.

O seu técnico Azevedo cuida para o que tenista não se empolgue com os Jogos, nem com a fama. "A idéia agora é tirar o foco das Olimpíadas um pouco. Sobre pressão, tenho dito que quando ele não estiver ganhando, não vai ter essa badalação. Eu passo isso para ele", explicou.

O treinador só pede que o seu tenista, atualmente entre os 70 melhores do mundo, trabalhe corretamente e que a fama não suba à cabeça. "Tem que ser profissional. Tem trabalhar igual quando ele foi 300 do mundo", contou.

Bellucci, que começa em 2008 a disputar torneios de alto nível, como os Grand Slams, responde ao técnico com um sonho de chegar aos 10 melhores do mundo. "Não é tão longe assim, mas é difícil. Tenho que seguir trabalhando", afirmou.

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