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04/07/2008 - 13h34

Robert Scheidt será o porta-bandeira do Brasil em Pequim

Cláudia Andrade
Em Brasília (DF)
Presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Carlos Arthur Nuzman anunciou nesta sexta-feira que o velejador Robert Scheidt será o porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura das Olimpíadas de Pequim.

Agência Brasil
Nuzman e Lula participam de evento com atletas da delegação olímpica em Brasília
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"Tenho certeza de que isso será um grande incentivo, uma grande força", declarou Nuzman em evento que contou com a presença do presidente Lula no Palácio do Planalto, em Brasília. "Scheidt é um atleta que serve de exemplo para o esporte, é um atleta de enorme carisma no mundo todo", completou o dirigente brasileiro.

Em discurso, o presidente Lula também rendeu elogios ao velejador. "Esse jovem que vai entrar como porta-bandeira do Brasil é uma sumidade que não tem nada mais para provar. E mesmo assim, vai para a competição com a mesma disposição de um menino de 17, 18 anos que vai pela primeira vez. Espero que um jovem que esteja nervoso antes da competição lembre de você e se puder converse com você, porque você é um exemplo", disse Lula.

Bicampeão olímpico, em Atenas-2004 e Atlanta-1996, e vice em Sydney-2000, Scheidt é octacampeão mundial da classe Laser e o único brasileiro com chances de se tornar tricampeão olímpico. Os outros brasileiros com dois títulos em Olimpíadas são os também velejadores Torben Grael e Marcelo Ferreira, os jogadores de vôlei Giovane e Maurício e o saltador Adhemar Ferreira da Silva.

Aos 35 anos, o velejador paulista vai para Pequim como estreante. Suas três medalhas anteriores foram conquistadas na classe Laser e, na China, Scheidt vai velejar na classe Star, ao lado do proeiro Bruno Prada.

A mudança de categoria fez Scheidt ameaçar Torben Grael, maior atleta olímpico da história brasileira e o velejador com o maior número de medalhas nos Jogos em todo o planeta. A disputa direta pela vaga olímpica, no entanto, não chegou a acontecer. Torben decidiu se afastar da categoria olímpica e comandar o um time sueco na regata de volta ao mundo. Com a saída do grande favorito, Scheidt abocanhou a vaga.

Scheidt será o terceiro velejador a levar a bandeira brasileira na abertura das Olimpíadas. O primeiro foi Eduardo Souza Ramos, nos Jogos de Los Angeles-1984. A escolha de um velejador veio depois do bom resultado da modalidade na edição anterior, em Moscou-1980, quando o país foi ouro nas classes tornado e 470 masculino. Nos Estados Unidos, a vela rendeu uma prata para o Brasil, na classe soling, com Daniel Adler, Ronaldo Senfft e Torben Grael, que seria o segundo velejador a ser porta-bandeira da delegação brasileira, nos Jogos de Atenas.

Para Scheidt, esta será a segunda experiência na função. Sua estréia foi no Pan-Americano de Winnipeg-1999, quando já desfilou como campeão olímpico, depois da vitória em Atlanta-1996.

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