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01/07/2008 - 08h16

Técnico da seleção elogia caça ao doping no levantamento de peso

Fernando Narazaki
Em São Paulo

Nas últimas duas semanas o levantamento de peso voltou a ser notícia no mundo esportivo, mas não da forma que seus praticantes esperavam. A modalidade viu as equipes de Grécia e Bulgária envoltas em um verdadeiro escândalo de doping e os búlgaros, inclusive, não levarão representantes às Olimpíadas de Pequim.

NEM BRASIL ESCAPA

No ano passado, o Brasil teve um caso de doping na modalidade. Fabrício Mafra foi pego com testosterona após conquistar a medalha de bronze na categoria até 105 kg dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Ele foi suspenso e perdeu a medalha, que havia sido a primeira do país no Pan após 12 anos. Na mesma categoria de Mafra estava Bruno Brandão, hoje um dos candidatos à vaga olímpica.

DUPLA DISPUTA UMA VAGA

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Quarto maior vencedor da história olímpica, a Bulgária teve 11 atletas flagrados em exame antidoping. Eles tiveram a substância metandienona, um esteróide anabolizante, detectada na urina e todos os pesistas que pertenciam à seleção olímpica foram suspensos, conforme anúncio pela federação do país na última sexta-feira.

Uma semana antes, outros 11 pesistas, mas agora da Grécia, também foram afastados por doping em escândalo que incluiu o técnico da equipe. Sem eles, o país cogita enviar apenas um representante às Olimpíadas, mas a Federação Internacional já estuda o afastamento da Grécia.

O técnico da seleção brasileira, Edmílson Dantas, não esconde a decepção com o caso e, por isso, aprova as medidas tomadas contra os atletas. "É um fato muito triste e que é negativo para toda a modalidade. Ninguém quer ver o seu esporte envolvido nisso, mas a Federação tomou a medida cabível", define.

Na sua avaliação, a caça deve aumentar nos próximos dias em razão das Olimpíadas de Pequim. "É uma grande preocupação da Federação Internacional que não tenha caso positivo nos Jogos, pois as Olimpíadas dão uma grande repercussão. Tenho certeza que a mobilização será muito grande até lá", aponta.

Os dois países envolvidos no escândalo estão entre os dez maiores vencedores da história do levantamento de peso em Olimpíadas. A Bulgária tem 37 medalhas, sendo 12 de ouro, 17 de prata e 8 de bronze. O país só não foi mais premiado que União Soviética (39 de ouro), EUA (16) e China (16). Já a Grécia é a sétima nesta lista com 6 de ouro, 5 de prata e 4 de bronze.