UOL Olimpíadas 2008 Notícias

19/06/2008 - 09h51

Para campeã mundial, trajes não criam nadadores recordistas

Das agências internacionais
Em Sydney (AUS)
A polêmica em torno dos trajes dos nadadores nos Jogos Olímpicos continua. Agora foi a vez de a campeã mundial Libby Trickett dar o seu parecer sobre o assunto. Segundo a nadadora australiana, a tecnologia presente nos uniformes não tem a capacidade de transformar atletas medianos em medalhistas.

AP
Australiana Libby Trackett, com o maiô Speedo LZR Racer, comemora recorde mundial dos 100 m livre, em março
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A declaração foi uma espécie de resposta à sua concorrente alemã, Britta Steffen, que afirmou em entrevista que os novos trajes poderiam transformar a natação competitiva em um esporte semelhante à Fórmula 1, em que os atletas com a melhor tecnologia acabam vencendo. Para Steffen, os competidores deveriam usar maiôs e sungas convencionais ao invés das desenvolvidas por empresas como Speedo e Adidas.

Libby Trickett, que integra a lista de atletas patrocinadas pela empresa australiana Speedo, defende que a tecnologia do traje LZR Racer não faz nenhuma diferença. "No fim das contas, o equipamento não faz de uma pessoa em um nadador melhor. Um nadador médio não vai quebrar recordes só porque está usando o LZR Racer", defendeu a australiana.

O equipamento criado pela Speedo tem a capacidade de diminuir o atrito entre o traje e a água. Desenvolvido em parceria com a NASA, o material causou polêmica principalmente depois que 35 recordes foram quebrados desde que começou a ser usado.

Ainda assim, a Fina (Federação Internacional de Natação), órgão responsável pela regulamentação das competições internacionais, aprovou o uso desta tecnologia. A concorrente Adidas, que patrocina a equipe alemã de Britta Steffen, já desenvolve seu próprio traje que devem estrear nos Jogos Olímpicos em Pequim.

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