UOL Olimpíadas 2008 Notícias

30/05/2008 - 08h09

"Paitrocínio" garante a esgrimista Renzo Agresta aprimoramento italiano

Rodrigo Bertolotto
Em São Paulo
Sem patrocinadores, mas com a ajuda da família para poder ficar três temporadas em Roma aprimorando seu estilo empunhando o sabre. O esgrimista Renzo Agresta tem nome italiano, tem passaporte italiano, mas cresceu em São Paulo e já defendeu o Brasil em Atenas-2004. Mas agora quer mais.

Folha Imagem
Rosto de Renzo Agresta atrás de viseira que faz parte do capacete usado na modalidade
PERFIL DOS ESGRIMISTAS OLÍMPICOS
"Se eu for realista, passar para a terceira ou quarta rodada da competição já me deixaria com o dever cumprido. Mas o sonho, no fundo, é a medalha", afirmou.

Ele é o 42º colocado no ranking mundial, mas vitórias sobre o campeão europeu e sobre os últimos bronzes olímpicos dão lastro para seus devaneios olímpicos em uma modalidade em que o Brasil tem pouca tradição.

Desde o início de 2006, Renzo mudou-se para a capital italiana, onde mora sozinho, estuda e pratica a vida de espadachim com o treinador Alessandro Di Agostino.

"Existe uma lacuna grande entre a esgrima nacional e a européia. Foram eles que inventaram a técnica, então, para chegar a resultados e preciso combater diariamente contra eles", analisa o brasileiro.

Renzo recebe o incentivo do bolsa-atleta e tem suas viagens custeadas pela confederação, mas sem o auxílio familiar não poderia seguir em nível competitivo. "Na Europa, os melhores são profissionais, com salários e premiações por troféus. A coisa está melhorando no Brasil, principalmente após as três medalhas no Pan de 2007. Mas ainda está longe."

Ele se diz cativado pelo esporte e não pretende largá-lo após Pequim-2008. "Quero estar em mais duas Olimpíadas. Quem sabe nos Jogos Olímpicos do Rio em 2016", vislumbrou o atleta de 23 anos.

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