Clodoaldo Silva é contra a presença do sul-africano Oscar Pistorius nas Olimpíadas de Pequim. O brasileiro, porém, elogiou, e muito a sul-africana Natalie du Toit, que conquistou vaga na maratona aquática mesmo sem ter uma das pernas.
"A Natalie é um fenômeno da natação. Eu a conheço e fiquei muito feliz por sua conquista. Estou feliz porque ela prova que os paraolímpicos podem começar a ir atrás não só dos índices paraolímpicos, mas dos Olímpicos também", elogiou Clodoaldo.
Natalie perdeu a perna há sete anos, após um acidente de moto. Mesmo sem uma perna, ela terminou em quarto lugar a prova de 10 km no Mundial de Maratona Aquática do Mundial de Sevilha, na Espanha, no início do mês.
Pistorius é considerado o melhor velocista paraolímpico do mundo, com recordes mundiais nos 100 m, 200 m e 400 m em sua classe. Seu tempo nos 400 metros, por exemplo, é um segundo mais lento do que o índice B exigido pela Iaaf para classificação olímpica: 46s56 contra 45s55.
Segundo Clodoaldo, o caso dos dois atletas é bem diferente. "O Pistorius compete usando próteses que, segundo estudos, podem ajudá-lo a correr. A Natalie, não", diz o nadador.
Nas Paraolimpíadas de Atenas, a sul-africana conquistou seis medalhas, cinco delas de ouro, na classe S9 (para nadadores com limitações físico-motoras). Já Pistorius levou apenas um ouro na Grécia, nos 100 metros - ele ainda foi prata nos 100 m, sempre na classe T44 (para amputados, que vai de 41 a 46).