Mesmo sem a conquista de novos índices olímpicos nos 100 m livre masculino, além de o de César Cielo, a final da prova no Troféu Maria Lenk não foi menos acirrada. A disputa entre os nadadores passou a ser pelo time do 4 x 100 m livre, já classificado para as Olimpíadas.

Tanto que frustrou outra expectativa de Thiago Pereira, que tinha a intenção de nadar a prova em Pequim e até competiu as eliminatórias em observação, mas não foi páreo para os velocistas.

De longe, com o único tempo abaixo dos 49s, Cielo viu Nicolas Oliveira e Rodrigo Castro, que já tem índice olímpico nos 200 m livre, se imporem como os próximos da equipe, com a mesma marca nas eliminatórias, 49s50. O último lugar ficou com Eduardo Deboni, que superou, com o tempo do Maria Lenk do ano passado, 49s57, a concorrência acirrada de Fernando Silva, a 1 centésimo, com 49s58.

Deboni se emocionou com a confirmação da vaga, depois que Silva não conseguiu superar o tempo na final dos 100 m livre. "Às vezes as coisas não saem como planejado e foi isso o que aconteceu comigo aqui. Não sei se foi a pressão, ou a gripe que me abateu, mas nessa seletiva foi minha vez não de fazer, mas de torcer", disse o nadador, que vai à primeira Olimpíada com 27 anos.

"É uma conquista muito grande, ainda mais depois de 20 anos de natação, ainda mais pra mim, que venho de uma família de nadadores. Posso não ter o talento dessa molecada, mas estou treinando e tenho certeza de que agora, aliviado, vou melhorar essa marca", completou.

Apesar de estar focado nos 200 m livre, Rodrigo Castro surpreendeu ao igualar o tempo de Nicolas Oliveira. "É uma satisfação muito grande conquistar essa meta. Já vinha treinando muito pra isso, e sabia que podia conseguir isso aqui", disse o nadador do Minas, de 27 anos.

Fernando Silva, no entanto, está escalado como reserva da equipe do 4x100 m livre, que já deu ao Brasil uma medalha de bronze olímpica, em Sydney-2000. Outro nadador, Lucas Salatta, dono de índice nos 200 m costas, também estava na disputa, com 49s64.

No 4 x 100 m medley, que está definido com Guilherme Guido (costas), Kaio Márcio (borboleta), César Cielo (livre) e Henrique Barbosa (peito).

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